O tenente-coronel Mauro Cid deixou a sede da Polícia Federal em Brasília na tarde desta sexta-feira (13), após mais de duas horas de depoimento. Segundo a PF, os esclarecimentos foram considerados úteis, mas uma nova oitiva não está descartada.

Cid foi preso pela manhã por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, mas a prisão foi revogada poucas horas depois. Os motivos não foram divulgados.

A investigação apura a tentativa do ex-ministro Gilson Machado de conseguir um passaporte português para Cid — o que, para a PF, indicaria tentativa de fuga e obstrução de justiça. Machado foi preso em casa, no Recife, e teve bens apreendidos.

Machado foi preso nesta sexta em sua residência, no Recife (PE), e seu material pessoal foi alvo de busca e apreensão.

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De acordo com relatório da Polícia Federal, Gilson Machado teria solicitado o benefício ao consulado português em 12 de maio.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF autorização para investigar o caso e autorizou medidas como quebra de sigilo telefônico e busca por documentos e dispositivos eletrônicos.

Para o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o ex-ministro tentou interferir diretamente na ação penal contra Mauro Cid no processo da tentativa de golpe de Estado.

A PF também identificou que Machado promoveu, via redes sociais, uma campanha de arrecadação de recursos para Bolsonaro.

Em maio, ele declarou que o ex-presidente precisava de apoio financeiro para arcar com despesas médicas, jurídicas e para manter o filho Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos.

Apesar da campanha, Eduardo Bolsonaro afirmou ter recusado os valores.

Gilson Machado nega todas as acusações. Segundo ele, a tentativa de contato com o consulado português teria sido apenas para renovar o passaporte do pai.

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