O Ministro da Justiça defendeu o processo da Polícia Federal (PF) contra dois deputados que criticaram as ações do delegado Fábio Shor durante um discurso na tribuna da Câmara.
Lewandowski foi questionado sobre os inquéritos durante uma audiência da Comissão de Segurança Pública do Senado.
Em resposta, disse que os parlamentares não têm direito a insultar ou caluniar colegas e cidadãos em geral:
"Se da tribuna um deputado comete crime contra a honra, seja contra colega ou qualquer cidadão, ele não tem imunidade.”
A fala segue destacando as decisões anteriores do Supremo Tribunal Federal (STF) e defendendo que impor limites ao direito de fala dos congressitas é importante:
“Até porque isso inviabilizaria a convivência no Parlamento. O Supremo Tribunal Federal (STF) já consolidou essa jurisprudência, e os inquéritos da PF consideram esse entendimento.”
A pergunta do senador Jorge Seif (PL-SC) tratava sobre dois deputados que foram indiciados após criticar a atuação do Delegado Fábio Shor, da PF.
Tanto Marcel Van Hattem (Novo-RS), quanto Gilberto Silva (PL-PB) foram incluídos em um processo por causa de suas declarações na tribuna.
Os parlamentares questionaram a forma como foram emitidos mandados de prisão contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro acusados pela operação Tempus Veritis de articularem um golpe.
O presidente do órgão, Arthur Lira (PP), chegou a se pronunciar, afirmando que “A voz dos deputados é a voz do povo e não será silenciada”.
No mesmo dia, o ministro seguiu para uma audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde foi questionado por Van Hattem sobre o assunto.
Lewandowski disse não saber detalhes sobre o caso, mas levantou a hipótese da PF como um todo ter se ofendido com as falas do parlamentar, o que justificaria a ação:
“Possivelmente, deputado, a corporação como um todo tenha se sentido atingida em sua honra e isso explica que outros além do vitimado, ou supostamente vitimado, tenham pedido a abertura do inquérito.”
Van Hatten retrucou questionando o ministro sobre a gravidade de um processo movimentado nessas condições:
“Isso não torna ainda mais grave, ministro? Porque a corporação tentar fazer perseguição contra um parlamentar, indiciar e investigar…” o microfone foi cortado antes do deputado terminar de falar.
O parlamentar também aproveitou o momento para acusar o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, de prevaricação por causa do processo.
O ministro condenou a postura do deputado e disse: “Não vamos admitir esse tipo de comportamento”, enquanto defendia o policial.
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