A vitória do Partido Fidesz
A votação ocorreu em uma sessão acelerada, com o Fidesz e seus aliados cristão-democratas usando sua maioria de dois terços para aprovar a emenda à Lei de Assembleia.
A lei proíbe eventos que "promovam ou exibam homossexualidade", enquadrando-os como violações à legislação de proteção infantil de 2021. O texto também permite o uso de reconhecimento facial para identificar participantes, intensificando o controle sobre manifestações.
A proposta foi apresentada em 17 de março e votada em menos de 24 horas, um ritmo que a oposição classificou como autoritário.
Orbán defendeu a medida como necessária para "proteger as crianças", alinhando-se à sua agenda conservadora antes das eleições de 2026.
Fumaça no Parlamento: “o grito da oposição”
Durante a votação, deputados do partido Momentum, de centro, acenderam sinalizadores de fumaça coloridos, enchendo a Câmara de tons vibrantes em protesto. "Isso não é proteção infantil, é fascismo", declarou um porta-voz do Budapest Pride que vê a lei como um ataque à liberdade de expressão e um bode expiatório político contra a comunidade LGBT.
"O governo quer calar vozes críticas mirando uma minoria. Lutaremos pela liberdade de todos os húngaros."
Por outro lado, líderes do Fidesz argumentam que a proibição evita a "exposição de menores a conteúdos inadequados".
"Pais não querem isso nas ruas", disse um parlamentar governista, justificando o amplo apoio na base conservadora do partido.