A professora Melina Girardi Fachin, diretora da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e filha do ministro Edson Fachin, foi alvo de agre ssões na última sexta-feira (12), em Curitiba.
Segundo relato de seu marido, Marcos Gonçalves, publicado nas redes sociais, Melina foi abordada por um homem não identificado ao deixar a universidade pela manhã. Ele cuspiu nela e a chamou de 'lixo comunista'.
A UFPR declarou que “analisa a situação ocorrida com a professora Melina Fachin na última sexta-feira (12)” e informou que o caso será debatido na reunião do Conselho de Planejamento e Administração (COPLAD), marcada para a próxima terça-feira (16).
A Ordem dos Advogados do Brasil emitiu uma nota de repúdio ao ocorrido.
“A entidade repudia veementemente o episódio, que afronta valores essenciais da vida democrática. A democracia exige o respeito às liberdades, ao pluralismo e à convivência pacífica, sobretudo no espaço acadêmico, que deve ser preservado como ambiente de diálogo e de construção do conhecimento — jamais como palco para violência, intolerância ou tentativas de silenciamento”.
O caso aconteceu três dias depois de outro episódio de violência na mesma instituição. Em 9 de setembro, estudantes bloquearam a entrada do prédio de Direito para impedir a realização de uma palestra.
O evento tinha como tema 'Como o STF tem alterado a interpretação constitucional?' e teria como palestrantes o advogado Jeffrey Chiquini e o vereador Guilherme Kilter (Novo-PR).
De acordo com Chiquini, militantes o agrediram e impediram sua entrada.
“Fui convidado para palestrar no curso de Direito da Universidade Federal do Paraná sobre Estado Democrático de Direito, mas militantes de esquerda impediram a realização do evento e ainda nos agrediram. A Polícia Militar precisou me resgatar”.
https://x.com/JeffreyChiquini/status/1965589928449921243
Com a confusão, o evento foi cancelado minutos antes de começar.
Em nota, a UFPR informou que “um grupo com palestrantes forçou a entrada, empurrando o vice-diretor do Setor, o que desencadeou uma série de reações que culminaram em uma resposta desproporcional das forças de segurança pública em relação à comunidade que se manifestava.”
Formada em Direito pela UFPR em 2005, Melina Girardi Fachin tem especializações na França e em Portugal, além de mestrado e doutorado em Direito pela PUC-SP, concluídos em 2013.
É professora da UFPR desde 2012 e, desde 2021, dirige a Faculdade de Direito. Atua nas áreas de Direito Constitucional e Direitos Humanos. Também é advogada e sócia do escritório Fachin Advogados Associados.
Integra ainda o Conselho da OAB, a Comissão de Direitos Humanos da OAB Paraná, o Conselho Permanente de Direitos Humanos do Estado e o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB).
Hostilidade a ideias divergentes, repressão velada e militância travestida de representação estudantil não são exclusividade de um evento. Para muitos alunos e professores, essa é a rotina dentro das universidades brasileiras.
Há salas com paredes pichadas, banheiros depredados e aulas onde a ideologia pesa mais do que o conteúdo.
Para revelar esse cenário de dentro, a Brasil Paralelo produziu o documentário Unitopia, com relatos inéditos de quem vive sob pressão ideológica nas maiores instituições de ensino do país.
Assista ao primeiro episódio gratuitamente.
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