O presidente Russo, Vladimir Putin, ergueu em Moscou uma estátua em homenagem ao revolucionário cubano Fidel Castro. O monumento foi inaugurado em praça pública, na terça-feira (22/11). Atual presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel participou da cerimônia, marcada pela união das duas nações em meio às sanções do Ocidente.
A instalação simboliza laços de amizade entre os dois governos, segundo publicação da agência de notícias Reuters. Antigos aliados na Guerra Fria, Cuba e Rússia desejam agora unir forças frente aos embargos econômicos dos EUA.
Irmão de Fidel, Raul Castro afirmou que o líder nunca ganhou uma estátua em sua terra natal, Havana, porque era avesso a cultos à sua personalidade.
Putin, no entanto, resgatou em discurso a memória de Fidel Castro. O presidente lembrou que os dois países precisam construir sobre a "base sólida da amizade" estabelecida entre os líderes cubano e soviéticos.
Em seu discurso diante de militares, Putin afirmou:
“A União Soviética e a Rússia sempre apoiaram e continuam até hoje a apoiar o povo cubano em sua luta pela independência e soberania”.
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Fidel Castro assumiu o poder de Cuba em 1959, após a queda do ditador Fulgêncio Batista. Tornou-se primeiro-ministro, assumindo a presidência de 1976 a 2008. Faleceu aos 90 anos, em 2016.
Líder cubano divide opiniões sobre sua trajetória
Embora o regime socialista de Fidel Castro seja elogiado por personalidades como Putin, seu legado enquanto revolucionário e político marcou opositores com duras punições. Campos de trabalho forçado, práticas homofóbicas, intolerância religiosa e fuzilamentos sem julgamento estão na lista dos crimes contra todos que se opunham ao seu comando:
- Em 1960, surgiram em Cuba campos de concentração organizados pelo regime socialista comandado por Castro e Che Guevara. Inimigos eram mandados para as Unidades Militares de Ajuda à Produção (UMAP). A prática foi denunciada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, em 1967;
- Segundo o livro “Gender policing, homosexuality and the new patriarchy of the Cuban Revolution”, de Lillian Guerra, pessoas eram torturadas e assassinadas por serem católicas, testemunhas de Jeová ou homossexuais;
- O Projeto Verdade e Memória, da organização Arquivo Cuba, acusa Che Guevara, grande aliado de Castro, de ter cometido diretamente 144 execuções. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos também denunciou fuzilamentos sem julgamento.



























