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Famílias pequenas: berços vazios geram incertezas

O que preocupa na queda das taxas de natalidade?

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
2/4/2025 11:30
Imagem: iStock

Em 2024, a Itália registrou apenas 370 mil nascimentos. É o menor número em 30 anos. A taxa de fecundidade caiu para 1,18 filho por mulher, contra 1,20 em 2023, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas (Istat). 

A fertilidade despencou. No Norte e Sul, a queda é mais forte. Há menos mulheres em idade reprodutiva: 11,4 milhões, contra 14,3 milhões há 30 anos. Outros motivos pesam.

  • Mais gente vive sozinha: 36,2% dos lares têm uma pessoa só.
  • A idade média para o primeiro filho subiu para 32,6 anos.
  • Casamentos tornaram-se raros: 173 mil em 2024, 11 mil a menos que em 2023.

Essa é uma realidade que não está distante dos brasileiros. A taxa de natalidade no Brasil também está em baixa e segundo projeções do IBGE a população brasileira tende a crescer somente até 2042.

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Taxa de fecundidade no Brasil caiu para 1,57 filho por mulher em 2023

O Brasil, que já teve uma das maiores taxas de fecundidade do mundo, vê os berços esvaziarem aos poucos. 

Em 2000, cada mulher tinha, em média, 2,32 filhos. Já em 2023, esse número caiu para 1,57, segundo o IBGE. É uma tendência global que não para.

A pesquisa Projeções de População, publicada em agosto de 2024 pelo Instituto, prevê o futuro: a população cresce até 2042, depois começa a encolher.

Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE, explica que o adiamento da maternidade reduz o número total de nascimentos no Brasil.

“Temos observado, no Brasil e em vários países, um adiamento da maternidade, isto é, as mulheres decidindo-se a terem seus filhos mais tarde. Indiretamente, isso também contribui para a redução do total de nascimentos”.

O número médio de filhos por mulher varia, mas a direção é uma só: para baixo.

Em 2000, nasciam 3,6 milhões de bebês por ano. Em 2022, foram 2,6 milhões. Em 2070, o IBGE projeta apenas 1,5 milhão.

A taxa de fecundidade mede quantos filhos as mulheres têm, em média. No Brasil, ela despenca. 

O impacto já se sente: escolas com menos alunos, cidades com menos vida. O futuro demográfico é incerto.

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