Após seis décadas de atuação em crises humanitárias pelo mundo, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) foi oficialmente extinta nesta terça-feira (1º).
A decisão partiu do presidente Donald Trump e foi executada pelo secretário de Estado, Marco Rubio.
A USAID foi uma das principais agências de assistência internacional, sendo responsável por 42% de toda a ajuda humanitária fornecida globalmente, segundo a ONU.
Agora, toda essa estrutura será absorvida pelo Departamento de Estado sob um novo modelo de ajuda internacional, batizado de America First.
Segundo Rubio, a prioridade será o comércio, a eficiência e o alinhamento com os interesses estratégicos dos EUA.
“Essa era de ineficiência sancionada pelo governo chegou oficialmente ao fim. O novo processo garantirá que cada dólar dos impostos ajude a promover os nossos interesses nacionais.”
No lugar da USAID, o governo americano promete um modelo mais enxuto e direto. Os esforços serão concentrados em parcerias comerciais e investimentos com retorno, e não em programas contínuos de assistência.
O objetivo, segundo Rubio, é reduzir burocracias e reverter a dependência de países que receberam ajuda por décadas.
“Favoreceremos nações que demonstrem capacidade e disposição para se ajudarem. Vamos priorizar o comércio em vez da ajuda, a oportunidade em vez da dependência e o investimento em vez da assistência”, escreveu o secretário de Estado.
Ele também criticou os resultados da agência ao longo do tempo:
“A USAID criou um complexo industrial de ONGs às custas dos contribuintes e tem pouco a mostrar desde o fim da Guerra Fria. Os objetivos de desenvolvimento raramente foram alcançados e o sentimento antiamericano só cresceu.”
Barack Obama e George W. Bush se manifestaram contra o encerramento da agência.
Bush lembrou que programas como o PEPFAR (Plano de Emergência do Presidente para o Alívio da Aids) salvaram milhões de vidas na África e em outras regiões.
Obama classificou a decisão como “um erro colossal”.
Rubio afirmou em seu artigo que a USAID perdeu o foco ao se afastar da política externa americana para seguir a agenda de organismos multilaterais.
“A assistência prestada a essas nações não é uma esmola de uma ONG desconhecida, mas um investimento do povo americano.”
A partir de agora, as ações internacionais dos EUA serão coordenadas por gabinetes regionais com diplomatas em campo, que poderão agir com mais agilidade.
O governo também promete consolidar verbas, eliminar duplicidades e buscar parcerias com o setor privado.
O logotipo da USAID, com o aperto de mãos, será substituído pela bandeira americana. Segundo Rubio, os beneficiários “merecem saber quem está realmente ajudando”.
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