O nome MC Poze do Rodo e do MC Oruam dominaram as redes sociais e as ruas do Rio de Janeiro nos últimos dias. O estopim dos eventos foi a prisão do funkeiro MC Poze, de 26 anos, em uma operação policial que gerou protestos, debates e uma verdadeira tempestade online.
Se você está confuso com a polêmica, entenda de forma rápida quem é Poze, por que ele foi preso, e o que esse caso revela sobre a situação atual e os perigos do futuro do Brasil.
Marlon Brendon Coelho Couto Silva, 26 anos, nasceu na favela do Rodo, Santa Cruz, Zona Oeste do Rio.
Ele se tornou um dos maiores nomes do funk carioca, com hits como “Vida Louca”, “Essência de Cria” e “A Cara do Crime”, que acumulam milhões de streams.
Com 15 milhões de seguidores no Instagram, shows lotados (inclusive no Rock in Rio) e um estilo de vida ostentador, com mansão no Recreio, carros de luxo e joias, Poze é casado com Viviane Noronha e pai de cinco filhos.
Na manhã de 29 de maio, agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) entraram no condomínio de Poze no Recreio dos Bandeirantes.
Além de apologia ao crime (artigo 287 do Código Penal, com pena de 3 a 6 meses), Poze foi investigado por associação ao tráfico e lavagem de dinheiro. Ele também responde a um inquérito de 2023 por suposta tortura e cárcere privado de um ex-empresário.
O baile de 17 de maio na Cidade de Deus foi visto pela polícia como uma propaganda do Comando Vermelho.
A equipe de Poze, liderada pelo advogado Fernando Henrique Cardoso Neves, afirma que ele é um artista que retrata a realidade das favelas, não um criminoso.
O que acontece no Rio de Janeiro supera em números de mortos e brutalidade muitos conflitos no Oriente Médio – mas parece que isso foi normalizado. Facções criminosas, milícias e um Estado encurralado travam uma batalha sem fim, onde civis são os reféns.
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Milhares foram às ruas, com protestos em Santa Cruz liderados por motociclistas exibindo camisetas com “Liberdade Poze”. Um desses atos terminou em tumulto e apreensão de motos.
O deputado Paulo Bilynsky fez mais de um post em suas redes sociais criticando a justiça brasileira pela soltura do MC Poze, obtendo centenas de milhares de curtidas e comentários favoráveis.
Segundo o deputado:
“Piada = cadeia / crime organizado = rua".
Segundo a CNN, a Polícia Civil do RJ reforçou a narrativa de “narcocultura”, afirmando que existem redes do tráfico para usar cantores. A suposta conexão de Poze ainda está sendo investigada.
O caso gerou milhões de menções no X, com memes, vídeos do protesto e trechos do show na Cidade de Deus circulando amplamente.
Milhares de mães cariocas passam o dia preocupadas se seus filhos voltarão ou não para casa. Elas também precisam estar atentas se suas crianças e adolescentes serão cooptadas pelas facções que dominam a região em que moram.
Ao se despedirem de seus maridos que estão indo trabalhar, rezam para que eles passem pela Avenida Brasil e não sejam surpreendidos com um tiroteio na pista que os obrigue a descer do ônibus e se abrigar em baixas divisas de pedra na esperança que elas o defendam dos tiros de fuzis. Uma das tarefas mais árduas do dia a dia de um trabalhador carioca é voltar para casa.
Os turistas provam um pouco dessa realidade ao chegar na cidade. A jovem Valentina Betti Simioni foi baleada por tiros de fuzil após seu pai entrar por engano no Complexo da Maré em setembro de 2024. Eles moravam na cidade de Belo Horizonte-MG e estavam no Rio de Janeiro para ir ao Consulado Americano resolver questões do visto.
Nenhum dos criminosos foram presos, uma realidade muito comum no Rio de Janeiro. A cidade tem uma das piores taxas de resolução de homicídio, com apenas 11% dos dados sendo solucionados. Engana-se quem pensa que a criminalidade reside apenas nas ruas.
Nos luxuosos palácios governamentais, herança histórica de um Rio de Janeiro que era o centro político do Brasil, residiram pessoas acusadas e condenadas pela justiça. Segundo uma matéria de 2020 do Poder 360, em apenas 4 anos, 6 governadores do Rio foram afastados ou presos.
Uma cidade linda, bela, conhecida por sua rica história, está à mercê do crime que se faz presente desde o controle de facções criminosas nos mototáxi nas favelas até na política partidária. Existe alguma solução para o Rio de Janeiro?
O primeiro passo é compreender o problema. A Brasil Paralelo foi até a cidade para entrevistar pessoas que combatem e vivem com o crime de perto. Uma produção arriscada, com imagens exclusivas de dentro de algumas das favelas mais perigosas do país.
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