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Entenda a Prisão do MC Poze e o que está em jogo no país

Narcocultura, lavagem de dinheiro e assassinatos são algumas das acusações que MC Poze está enfrentando. Entenda o caso.

Crime
Foto: redes sociais.
Redação Brasil Paralelo
Comunicação Brasil Paralelo

O nome MC Poze do Rodo e do MC Oruam dominaram as redes sociais e as ruas do Rio de Janeiro nos últimos dias. O estopim dos eventos foi a prisão do funkeiro MC Poze, de 26 anos, em uma operação policial que gerou protestos, debates e uma verdadeira tempestade online. 

Se você está confuso com a polêmica, entenda de forma rápida quem é Poze, por que ele foi preso, e o que esse caso revela sobre a situação atual e os perigos do futuro do Brasil.

  • O que acontece no Rio de Janeiro supera em números de mortos e brutalidade muitos conflitos no Oriente Médio – mas parece que isso foi normalizado. Facções criminosas, milícias e um Estado encurralado travam uma batalha sem fim, onde civis são os reféns. O novo documentário da Brasil Paralelo revela imagens e relatos exclusivos dessa guerra urbana que rivaliza com os maiores conflitos do mundo - toque aqui para liberar seu acesso.

Quem é MC Poze do Rodo?

Marlon Brendon Coelho Couto Silva, 26 anos, nasceu na favela do Rodo, Santa Cruz, Zona Oeste do Rio.

Ele se tornou um dos maiores nomes do funk carioca, com hits como “Vida Louca”, “Essência de Cria” e “A Cara do Crime”, que acumulam milhões de streams.

Com  15 milhões de seguidores no Instagram, shows lotados (inclusive no Rock in Rio) e um estilo de vida ostentador, com mansão no Recreio, carros de luxo e joias, Poze é casado com Viviane Noronha e pai de cinco filhos.

O que aconteceu? Prisão de 29 de maio de 2025

Na manhã de 29 de maio, agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) entraram no condomínio de Poze no Recreio dos Bandeirantes.

  • Motivo inicial: a prisão foi desencadeada por um show na Cidade de Deus, em 17 de maio, onde Poze cantou “Tropa do General” (2019), uma música que menciona o Comando Vermelho (CV) e alude a armas e rivalidades com facções como o Terceiro Comando Puro (TCP).
  • Provas policiais:
    • Vídeos do show mostram homens na plateia exibindo fuzis, sem disfarces.
    • Poze fazia shows apenas em áreas dominadas pelo CV, como Cidade de Deus e Vila Kennedy, com traficantes armados atuando como “seguranças”.
    • As jóias de Poze, com símbolos ligados ao CV (como o número “2”), e seu patrimônio (incluindo uma BMW X6 de R$ 1 milhão) levantaram suspeitas de lavagem de dinheiro.
  • Declaração controversa: Na triagem prisional, Poze marcou “Comando Vermelho” como sua “ideologia declarada” no formulário da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o que a polícia usou como indício de vínculo, mas a defesa alegou ser apenas por “segurança” para evitar conflitos com presos rivais.

Outras acusações graves

Além de apologia ao crime (artigo 287 do Código Penal, com pena de 3 a 6 meses), Poze foi investigado por associação ao tráfico e lavagem de dinheiro. Ele também responde a um inquérito de 2023 por suposta tortura e cárcere privado de um ex-empresário.

Por que esse show na Cidade de Deus foi o estopim? CV assassinou um policial

O baile de 17 de maio na Cidade de Deus foi visto pela polícia como uma propaganda do Comando Vermelho.

  • Evento relacionado: dois dias depois, em 19 de maio, o policial civil José Antônio Lourenço, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), foi morto com um tiro na cabeça durante uma operação na mesma comunidade.
  • Interpretação policial: a polícia conectou os eventos, classificando o baile como “narcocultura” — a glamourização do tráfico por meio da música. Segundo o delegado Felipe Curi, da DRE, esses bailes fortalecem o CV, que lucra com venda de drogas e reinveste em armas.
  • Letras sob escrutínio: trechos de “Tropa do General”, como “Nós vamos tomar Rodo, Antares, é CV, é CV” foram acusadas como incitação à violência e apoio a facção criminosa conhecida por assassinato, tortura, tráfico e muitos outros crimes
  • Conheça a história e o poder do Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Brasil.

A defesa de pose afirma lutar pela liberdade de expressão  artística

A equipe de Poze, liderada pelo advogado Fernando Henrique Cardoso Neves, afirma que ele é um artista que retrata a realidade das favelas, não um criminoso.

  • Perseguição: a defesa chama a prisão de “criminalização do funk” e compara Poze a outros artistas que narram crimes em filmes ou músicas sem serem processados. O evento ganhou notoriedade pelas publicações do MC Oruam para seus milhões de seguidores nas redes sociais.
  • Declaração no presídio: a marcação de “Comando Vermelho” foi uma medida de segurança, não uma confissão.
  • Habeas corpus: Poze foi solto em 2 de junho de 2025, após o desembargador Peterson Barroso criticar a prisão como desproporcional e apontar falta de provas concretas para mantê-lo detido.

O que acontece no Rio de Janeiro supera em números de mortos e brutalidade muitos conflitos no Oriente Médio – mas parece que isso foi normalizado. Facções criminosas, milícias e um Estado encurralado travam uma batalha sem fim, onde civis são os reféns. 

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Reações: a internet e as ruas pegaram fogo

Milhares foram às ruas, com protestos em Santa Cruz liderados por motociclistas exibindo camisetas com “Liberdade Poze”. Um desses atos terminou em tumulto e apreensão de motos.

  • Artistas: Oruam, funkeiro e amigo de Poze, postou no X: “Algemaram o Poze sem motivo. Ele é artista, não bandido. Covardia!” Filipe Ret e outros também se manifestaram.
  • Políticos: a deputada Dani Monteiro (PSOL) defendeu Poze, chamando a prisão de “ataque ao funk e à cultura das favelas”.
  • Redes sociais: hashtags como #LiberdadePoze e #FunkNãoÉCrime viralizaram, com fãs elogiando Poze como um símbolo de superação.

Críticas a Poze

O deputado Paulo Bilynsky fez mais de um post em suas redes sociais criticando a justiça brasileira pela soltura do MC Poze, obtendo centenas de milhares de curtidas e comentários favoráveis.

Segundo o deputado:

“Piada = cadeia / crime organizado = rua".

Segundo a CNN, a Polícia Civil do RJ reforçou a narrativa de “narcocultura”, afirmando que existem redes do tráfico para usar cantores. A suposta conexão de Poze ainda está sendo investigada.

O caso gerou milhões de menções no X, com memes, vídeos do protesto e trechos do show na Cidade de Deus circulando amplamente.

O que está em jogo?

Milhares de mães cariocas passam o dia preocupadas se seus filhos voltarão ou não para casa. Elas também precisam estar atentas se suas crianças e adolescentes serão cooptadas pelas facções que dominam a região em que moram.

Ao se despedirem de seus maridos que estão indo trabalhar, rezam para que eles passem pela Avenida Brasil e não sejam surpreendidos com um tiroteio na pista que os obrigue a descer do ônibus e se abrigar em baixas divisas de pedra na esperança que elas o defendam dos tiros de fuzis. Uma das tarefas mais árduas do dia a dia de um trabalhador carioca é voltar para casa.

Os turistas provam um pouco dessa realidade ao chegar na cidade. A jovem Valentina Betti Simioni foi baleada por tiros de fuzil após seu pai entrar por engano no Complexo da Maré em setembro de 2024. Eles moravam na cidade de Belo Horizonte-MG e estavam no Rio de Janeiro para ir ao Consulado Americano resolver questões do visto.

Nenhum dos criminosos foram presos, uma realidade muito comum no Rio de Janeiro. A cidade tem uma das piores taxas de resolução de homicídio, com apenas 11% dos dados sendo solucionados. Engana-se quem pensa que a criminalidade reside apenas nas ruas.

Nos luxuosos palácios governamentais, herança histórica de um Rio de Janeiro que era o centro político do Brasil, residiram pessoas acusadas e condenadas pela justiça. Segundo uma matéria de 2020 do Poder 360, em apenas 4 anos, 6 governadores do Rio foram afastados ou presos.

Uma cidade linda, bela, conhecida por sua rica história, está à mercê do crime que se faz presente desde o controle de facções criminosas nos mototáxi nas favelas até na política partidária. Existe alguma solução para o Rio de Janeiro?

O primeiro passo é compreender o problema. A Brasil Paralelo foi até a cidade para entrevistar pessoas que combatem e vivem com o crime de perto. Uma produção arriscada, com imagens exclusivas de dentro de algumas das favelas mais perigosas do país. 

Tudo isso estará disponível em nosso novo documentário “Rio de Janeiro: Paraíso em Chama”. Clique no link abaixo e garanta o seu acesso gratuito:

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