Com informações do Daily Wire. 

Jordan Peterson é um dos maiores intelectuais em atividade no nosso tempo. Professor, escritor e palestrante, já vendeu mais de 20 milhões de livros, traduzidos para mais de 15 países. 

Na última semana, ele participou de um episódio do The Ben Shapiro Show, Sunday Special, para falar sobre seu novo livro, que chega às livrarias na próxima terça-feira, 19 de novembro. O nome e o tema da obra são os mesmos de sua bem-sucedida turnê internacional Nós que lutamos com Deus: percepões divinas. 

Peterson levou mais de 10 mil pessoas às platerias de suas apresentações ao redor do mundo. 

Na entrevista, ele e Shapiro conversaram sobre vários temas, inclusive, o modo como as verdades bíblicas podem influenciar as vidas das pessoas. O livro apresenta um novo olhar “fascinante” sobre a Bíblia que “analisa os relatos bíblicos de rebelião, sacrifício, sofrimento e triunfo que nos estabilizam, inspiram e nos unem cultural e psicologicamente”.

Psicólogo clínico, no livro aborda a Bíblia tanto por uma perspectiva tão científica quanto espiritual. Em cada capítulo, oferece novos insights sobre histórias bíblicas bem conhecidas, como a de Caim e Abel, da Torre de Babel e de Moisés liderando os israelitas para fora do Egito. 

• Peterson argumenta que a Bíblia é uma grande história de sacrifício, que ele sustenta como o modelo apropriado para a vida humana. 

Em seu trabalho, cita narrativa bíblica em contradição à história “autodestrutiva” em torno da qual as pessoas frequentemente ordenam suas vidas, uma de “autogratificação hedonista ou colapso niilista”.

• Autogratificação hedonista é buscar prazer imediato e satisfação pessoal; colapso niilista, por sua vez, é sentir que nada tem sentido ou importância.

“Não há diferença entre trabalho e sacrifício, porque trabalho é o sacrifício do futuro pela história, o sacrifício do presente pelo futuro e o sacrifício do eu limitado pela comunidade”, disse Peterson a Shapiro. 

E prosseguiu:

“Se for tudo sobre mim da forma mais estreita, então não há comunidade, certo? Só existe a gratificação imediata do meu capricho... e eu tenho que impor esses caprichos a outras pessoas usando o poder, porque elas não irão cooperar voluntariamente se for tudo sobre mim.”

Na conversa, Shapiro pontuou que a situação em que você mais faz seu primeiro sacrifício é no casamento, no qual você sacrifica seu interesse pelos de algo maior. Seu segundo grande sacrifício é realizado quando você começa a ter filhos.

“Não é uma surpresa gigante que uma sociedade que se recusa a ver a história da humanidade como uma história de sacrifício, recuse os sacrifícios em si”.

"Faz muito sentido que as pessoas não estejam se reunindo, se casando ou tendo filhos, porque, no momento em que você começa a viver esses sacrifícios, torna-se impossível não enxergá-los."

Estes são temas que Peterson e Shapiro têm discutido frequentemente, inclusive no podcast de Peterson. 

No entanto, na entrevista a dupla tratou de temas inovadores. Peterson se aprofundou na natureza ontológica do Deus de Abraão. “O Deus do Antigo Testamento, e do Novo, nesse caso, é inefável”, chegou a dizer.

• Inefável é algo tão extraordinário ou sublime que não pode ser descrito por palavras. 

“Acho que é mais definitivo no relato do Antigo Testamento que o que quer que Deus seja, está além da categorização. É por isso que até Moisés só conseguiu ter um vislumbre de Deus. Então, Deus está fora de nossas estruturas de categorias.” “Agora isso o torna real? Bem, eu diria que Deus é hiper-real”, afirmou Peterson. “Deus é a realidade da qual toda a realidade depende. Esse é um tipo diferente de categoria. E não é exatamente compreensível.”

Peterson, que há muito tempo se baseia em histórias bíblicas em seus escritos e palestras, leva sua interpretação ao próximo nível em We Who Wrestle With God bem como em sua próxima série The Gospels, que estará disponível para transmissão no DailyWire+ em 1º de dezembro.