A comunidade internacional está reagindo às eleições na Venezuela após o ditador Nicolás Maduro ser declarado vencedor do pleito. Uma nota conjunta dos governos de Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Perú, República Dominicana e Uruguai manifesta preocupação com os desdobramentos naquele país. Em contrapartida, organizações brasileiras disseram repudiar “qualquer tipo de tentativa de intervenção estrangeira nas eleições da Venezuela”. Maduro foi proclamado presidente agora a pouco.
A nota foi divulgada hoje de manhã e exige que os resultados sejam revistos para garantir que a vontade popular seja respeitada. Leia na íntegra:
“Os governos da Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai manifestam sua profunda preocupação com o desenvolvimento das eleições presidenciais da República Bolivariana da Venezuela e exigem a revisão completa dos resultados com a presença de observadores eleitorais independentes que assegurem o respeito da vontade do povo venezuelano que participou massiva e pacificamente. A contagem de votos deve ser transparente e os resultados não devem levantar dúvidas. Nossos Governos solicitarão uma reunião urgente do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) para emitir uma resolução que salvaguarde a vontade popular, enquadrada na Carta Democrática e nos princípios fundamentais da democracia em nossa região”.
Desde que os resultados foram divulgados a oposição a Maduro está questionando a divulgação da vitória do ditador. Num discurso na madrugada de hoje, Maria Corina Machado afirmou que a verdade precisa ser mantida.
“A verdade não é violência. Não, senhor. Violência é ultrajar a verdade. Isso sim é violência. Violência é o que pretendem fazer. Nós vamos defender a verdade”. Clique aqui e veja o que ela disse.
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Ontem, organizações do Brasil disseram, em nota, que repudiam quaisquer tentativas de intervenção estrangeira na Venezuela. O texto é assinado por associações de juristas e movimentos sociais. Leia na íntegra:
A democracia venceu e o Povo Venezuelano decidiu pela Soberania
A democracia com protagonismo popular venceu as eleições presidenciais da Venezuela, que ocorreram neste domingo, 28 de julho. O candidato à reeleição pelo Grande Polo Patriótico, Nicolás Maduro, saiu vitorioso com mais de 51% dos votos, com 80% dos votos contabilizados, derrotando nove candidatos opositores, incluindo a extrema direita, que promove uma campanha de desinformação e ataques ao sistema eleitoral. Essa eleição é central para a geopolítica, por um lado, por ser uma nação que constrói um processo socialista e aliado dos povos ao redor do globo, por outro lado, por possuir a maior reserva comprovada de petróleo do mundo, o que desperta tentativas de controle e subordinação por parte do imperialismo estadunidense.
Em meio a uma campanha fascista promovida pela extrema direita venezuelana e internacional, que antes mesmo da votação e dos resultados já bradavam fraude e não respeito aos resultados, a Soberania do Povo Venezuelano e o seu direito ao voto prevaleceram. A transparência e o rigor marcaram a jornada eleitoral, que contou com diversas auditorias e mais de 900 observadores e acompanhantes do processo eleitoral de mais de 100 países. Nós, membros de dezenas de organizações sociais, partidos e movimentos populares brasileiros, somos prova da idoneidade e lisura do processo, e viemos a público parabenizar Maduro e o povo venezuelano por sua reeleição.
A maioria decidiu pela continuidade da Revolução Bolivariana, que ainda que em meio a duras sanções e ataques do imperialismo estadunidense e seus associados na mídia, na política e na economia, segue um processo de estabilidade e melhoria das condições de vida. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a Venezuela é a economia que mais vai crescer em 2024, e acumula um aumento do PIB de 7% no primeiro trimestre deste ano, com a menor inflação nos últimos 35 anos. O país tem apostado não só na sua indústria petroleira, mas na diversificação econômica para assegurar que a soberania e a riqueza permaneçam com o povo venezuelano e em seu benefício.
Assim como o povo venezuelano, desejamos que a Venezuela continue seu caminho de ascensão econômica e paz. Repudiamos qualquer tentativa de intervenção estrangeira e desestabilização interna por meio de violência, notícias falsas e manipulação. Respeitamos e defendemos a democracia, a verdade e o povo soberano venezuelano.
28 de julho de 2024
Caracas, Venezuela
Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD)
Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz)
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Comitê Brasileiro de Solidariedade com a Venezuela
Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM)
Organização Continental Latino Americana e Caribenha dos Estudantes (OCLAE)
Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT)
Marcha Mundial de Mulheres (MMM)
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
Movimento Kizomba
Levante Popular da Juventude
União da Juventude Socialista (UJS)
Numa cerimônia hoje o ditador foi proclamado presidente pelo Conselho Nacional Eleitoral. Em discurso disse que assume o “mandato do povo” para levar o país em direção à paz e à prosperidade. Veja o vídeo abaixo:
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