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Atualidades
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El Salvador se torna o país mais seguro do Ocidente

País que já teve a violência como símbolo agora tem a menor taxa de homicídios da região.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
24/9/2025 13:10
Jose Cabezas/REUTERS

El Salvador alcançou se tornou oficialmente o país mais seguro do Hemisfério Ocidental.

Em 2015, El Salvador registrava 106 homicídios para cada 100 mil habitantes, uma das taxas mais altas do mundo. Dez anos depois, o país superou o Canadá em seu índice de segurança, segundo dados oficiais.

Um relatório divulgado pelo governo canadense em 23 de setembro de 2025 apontou que o Canadá encerrou 2024 com a taxa  anual de homicídios de 1,91 por 100 mil habitantes.

Já El Salvador havia anunciado, em janeiro, um índice de 1,9 no mesmo período. A diferença é pequena, mas é suficiente para assumir a liderança regional. No total, foram 114 homicídios registrados ao longo de 2024.

O governo salvadorenho afirma que a criminalidade caiu 70% e projeta encerrar 2025 com taxa ainda menor: 1,8 homicídios por 100 mil habitantes.

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A política de segurança de Nayib Bukele

A transformação começou em março de 2022, quando uma onda de violência deixou 87 mortos em apenas três dias.

O presidente Nayib Bukele respondeu decretando estado de emergência, que suspendeu garantias constitucionais como direito imediato a advogado e justificativas formais para detenções.

“Vamos limpar nosso país de criminosos, nem que seja um por um”, declarou à época.

Desde então, mais de 80 mil pessoas foram presas sob o regime de exceção. O ponto mais simbólico da política foi a inauguração, em 2023, do presídio Cecot, projetado para abrigar até 40 mil detentos, muitos deles ligados às gangues MS-13 e Barrio 18.

Críticas ao modelo de El Salvador

Em 2023, o jornal O Globo afirmou que Nayib Bukele é um "exemplo antidemocrático na região [América Latina]".

Em uma matéria do jornal, sua gestão é denominada como "autoritarismo digital". Vanessa Matijascic, pesquisadora de relações internacionais da Universidade de São Paulo (USP) disse que as redes apoiaram Bukele em suas políticas de segurança.

"As redes amparam um discurso contras as organizações de direitos humanos e contras as organizações internacionais que criticam as medidas do presidente. E disseminam que o único caminho para melhorar o país é pela militarização da segurança pública".

A ONG Human Rights Watch afirmou que a polícia de El Salvador cometeu:

  • detenções arbitrárias maciças;
  • torturas;
  • desaparecimentos;
  • mortes sob custódia policial e 
  • processos penais abusivos.

No mesmo ano, Bukele rebateu jornalistas que criticaram suas políticas e pediu que a população de El Salvador fosse ouvida sobre a situação do país.

"Eu convido a todos os jornalistas que estão no evento [Jogos Centroamericanos de 2023], a saírem às ruas e conversarem com os el-salvadorenhos sobre o que eles acham da vida no país. Perguntem se vivemos em uma ditadura, se a vida no país é ruim.
Não levem em conta o que eu digo, mas o que a população pensa.
Vocês falam sobre nosso país sem nos conhecerem, sem terem vindo até aqui. Em El Salvador você pode sair às ruas com segurança, sem ter o que temer".

Enquanto movimentos progressistas classificam a estratégia como autoritária, líderes regionais e até o governo Trump elogiaram os resultados. Os Estados Unidos chegaram a firmar acordos para enviar criminosos a prisões salvadorenhas.

De “capital mundial do homicídio” a referência em segurança, El Salvador hoje ocupa um posto inédito em sua história recente  e segue dividindo opiniões sobre o custo humano dessa transformação.

  • O economista e político argentino Gustavo Segré participou do Conversa Paralela e falou sobre o “efeito Bukele” em El Salvador. Assista no canal da Brasil Paralelo.

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