Entre madrugadas de trabalho e aulas, o compositor austríaco seguiu uma rotina marcada pela constância e disciplina.
A vida de Wolfgang Amadeus Mozart foi breve. Ao longo de seus 35 anos de vida, o compositor austríaco escreveu mais de 600 obras: incluindo 21 peças para teatro e ópera, 15 missas e mais de 50 sinfonias.
Por trás dessa produção, existia uma rotina exigente e metódica, sustentada por longos períodos de trabalho e pouco descanso.
Mozart costumava acordar antes das 6h, e às vezes já trazia melodias que surgiam durante a noite.
“Quando estou completamente eu mesmo, inteiramente sozinho ou durante a noite, quando não consigo dormir, é nessas ocasiões que minhas ideias fluem melhor”.
Ao acordar, cuidava da higiene e do cabelo. Nesse tempo, era comum que surgissem impulsos criativos.
Um cabeleireiro relatou que, certa manhã, enquanto finalizava o penteado, Mozart levantou-se subitamente, correu para o piano e começou a tocar, arrastando-o junto por ainda estar segurando seus cabelos.
Só depois de tocar a melodia que lhe vinha à cabeça, voltou a se arrumar.
Após o café da manhã, iniciava o primeiro bloco de trabalho. Das 7h às 9h, dedicava-se à composição. Em seguida, dava aulas de música até o meio-dia. As tardes variavam entre encontros sociais, concertos ou novas aulas particulares.
Mozart também reservava tempo para o lazer. Era um jogador frequente de bilhar e costumava competir com o amigo Michael Kelly, tenor irlandês. Ainda assim, retomava o trabalho musical por volta das 17h ou 18h, compondo até as 21h.
Durante o noivado, encerrava o dia com visitas à futura esposa, Constanze Weber, permanecendo com ela até cerca de 23h30. Depois, voltava para casa e trabalhava até à 1h da manhã, dormindo aproximadamente cinco horas por noite.
“Minha alma arde de inspiração. A obra cresce; continuo a expandi-la, concebendo-a cada vez com mais clareza até ter a composição inteira pronta na minha cabeça, por mais longa que seja”, escreveu em uma de suas cartas.
Muitas pessoas registram suas rotinas diárias para organizar o tempo e aumentar a produtividade. Se fosse possível fazer o mesmo com Wolfgang Amadeus Mozart, o resultado mostraria um cotidiano estruturado e constante.
Mozart tinha saúde frágil. Sofreu desde cedo com varíola, amigdalite e infecções estreptocócicas. Mesmo com limitações físicas, manteve uma rotina de trabalho intensa.
A família enfrentava dificuldades financeiras constantes, embora mantivesse criados e uma carruagem.
Em dezembro de 1791, o compositor adoeceu e morreu aos 35 anos. Entre as possíveis causas, estudiosos apontam uma doença inflamatória chamada Púrpura de Henoch-Schönlein. Ela é uma complicação de infecções bacterianas que pode causar inflamação dos vasos sanguíneos e levar à falência de órgãos.
A morte precoce interrompeu sua carreira. Em pouco mais de três décadas, Mozart contribuiu com a música ocidental, deixando um legado que continua a ser reproduzido em todos os lugares do mundo.
O compositor manteve uma rotina intensa de trabalho, dividida entre composição, apresentações e aulas de música.
Entre suas principais composições estão:
Sua disciplina e produtividade deixaram um conjunto de obras que, mais de dois séculos depois, continuam presentes no repertório da música clássica.
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