Especial de Natal 2025
LIBERE O BÔNUS ESPECIAL
00
D
00
H
00
M
00
S
December 15, 2025
GARANTIR OFERTA
This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Internacional
3
min de leitura

Dietas severas, cirurgias plásticas e isolamento. Descubra como o K-Pop tem transformado a Coreia do Sul

O programa Face Oculta revelará o lado oculto de um movimento que a princípio parece inofensivo.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
18/12/2024 18:14
Cantores de K-Pop. Foto: Revista eLinda.

Com mais de 5 bilhões de visualizações no Youtube, a música Gangnam Style se tornou um dos maiores sucessos da história da internet. Ela pertence ao cantor sul-coreano Psy. A música abriu um caminho para que mais produtos culturais da Coreia do Sul se tornassem sucessos no Ocidente, esse movimento é conhecido como Hallyu, que significa “onda coreana”. 

Mais exemplos desses produtos são o filme Parasita, a primeira produção não gravada em inglês a ganhar o Oscar, e a série de sucesso, Round 6, que conta sobre um jogo macabro em que pessoas são colocadas em disputas mortais em busca de dinheiro.

O sucesso dessas produções não é uma coincidência. A Coreia do Sul financia um projeto de expandir a sua cultura pelo mundo. Na geopolítica, tal estratégia é conhecida como soft power, uma maneira de ter força sem depender de disputas militares. Junto ao Brasil, o país é um dos poucos a ter um ministério dedicado à cultura. 

O K-Pop é um destaque da cultura sul-coreana. O grupo mais famoso do gênero, chamado BTS, conta com mais de 75 milhões de seguidores no instagram e é dono do recorde registrado no Guinnes de banda masculina mais ouvida no Spotify. Esses números mostram o tamanho do gênero em todo o planeta. 

Com tanta audiência, vem junto uma quantidade enorme de dinheiro. Segundo o G1, o grupo rende cerca de 4,7 bilhões de dólares para a Coreia do Sul. Segundo a jornalista Euny Hong em seu livro “The Birth of Korean Cool”

“Acontece que o governo coreano trata a indústria do K-Popda maneira como o governo americano trata a indústria automobilística e os bancos, o que significa que essas são indústrias que precisam ser protegidas”.

Empresas privadas também possuem interesse no movimento e ganham dinheiro com patrocínios e agências. Com estímulo do Estado e o interesse comercial, surgiu uma verdadeira fábrica de “idols” como são chamadas as celebridades do K-Pop. 

Agências como SM, YG, JTP e a HTBE, construíram centros de treinamento dedicados a transformar adolescentes e pré-adolescentes em futuros astros. Nestes lugares, eles aprendem a desfilar, posar para fotos, dançar e cantar. 

As agências criam padrões tão rigorosos que não faltam relatos de jovens que desenvolveram transtornos alimentares e mentais. 

“Uma vez, no meu aniversário, o meu pai apareceu na agência para me ver.”, contou Way, ex-integrante do Crayon Pop, “Mas a agência mandou ele embora. É tão rigoroso que não podemos nem mesmo ver nossas famílias”.

Separados de suas famílias e sendo vigiados durante todo o dia, eles são levados ao limite da resistência física e psicológica. Ainda não satisfeitas, as agências forçam esses jovens a fazerem dietas agressivas para atingirem o padrão de beleza do K-Pop. 

“Eu não comia nada de manhã, comia apenas salada à tarde e novamente não comia nada à noite. Eu acho que eu consumia cerca de 300 calorias por dia. Eu realmente não tinha forças. Eu também tive crises de anemia. Eu achava que eu ia morrer. Esse era o meu nível de determinação.”, contou uma das jovens em treinamento. 

A cultura patológica da magreza no K-Pop não é um problema que afeta apenas os cantores. Ela transborda para uma legião de fãs ao redor do mundo. 

Em reportagem de 2022 para o BuzzFeed, a jornalista Allison Jiang investigou comunidades em redes sociais dedicadas ao culto dos “idols” e da magreza. Nelas, meninas entre 15 e 19 anos são expostas a conteúdos relacionados a transtornos alimentares com a intenção de “fazer os membros se engajarem em comportamentos patológicos com o objetivo de ficarem mais magros”.

Além das agressivas dietas, as cirurgias plásticas são compreendidas como um caminho para atingir o padrão de beleza estipulado pela indústria do K-Pop. Comparações entre a aparência dos cantores antes e depois da fama revelam a perturbadora cultura de transformações faciais através de cirurgias plásticas.

Em 2023, Kyuhyun, integrante do grupo Super Junior, trouxe a público uma denúncia confirmando os rumores de que muitos “idols” são forçados pelas agências a se submeter aos procedimentos cirúrgicos sob pena de demissão. 

Referindo-se à agência SM Entertainment, ele afirmou: “eu não tinha pálpebras duplas. Eu passei a ter após minha estreia porque a gravadora me obrigou”

A cirurgia de pálpebras duplas, que consiste em criar uma dobra visível na pálpebra, dando aos olhos um contorno mais ocidentalizado, é uma das mais populares no meio no K-Pop. Também são muito procuradas as rinoplastias para redução do nariz e as cirurgias “V-Line” que remodelam o maxilar em um formato “V”. 

Por influência de suas celebridades do cinema e, sobretudo, do K-Pop, a Coreia do Sul se transformou na capital mundial da cirurgia plástica, com a maior quantidade de procedimentos per capita do planeta. 

Ainda há muito mais a ser revelado sobre o K-Pop. Casos chocantes foram registrados e denúncias perturbadoras feitas. Para ganhos de alguns, a vida de jovens têm sido severamente danificadas. 

Você quer ter acesso a essa investigação completa? Inscreva-se em nosso canal do Youtube e assista ao novo episódio do programa Face Oculta:

Acessar canal da BP

Conheça a Brasil Paralelo

A Brasil Paralelo é uma empresa de entretenimento e educação cujo propósito é resgatar bons valores, ideias e sentimentos no coração de todos os brasileiros. Em sua história, a empresa já produziu documentários, filmes, programas e cursos sobre história, filosofia, economia, educação, política, artes e atualidades.

O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros

Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa. 

Quanto mais gente tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos vocês. 

Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo. Clique aqui.

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais