O rapper Sean "Diddy" Combs foi condenado por duas acusações de transporte para fins de prostituição, mas inocentado das acusações mais graves de tráfico sexual e conspiração para extorsão.
A decisão foi tomada por um júri popular de Nova York após oito semanas de julgamento.
O veredito foi mais brando do que o esperado. Apesar disso, o juiz negou o pedido de fiança, e Diddy segue preso enquanto aguarda a sentença.
O veredito final do júri, composto por oito homens e quatro mulheres, foi um golpe para a promotoria, que buscava a prisão perpétua.
Veja o resultado abaixo:
As condenações por transporte para fins de prostituição podem render até 10 anos de prisão por cada caso, ou seja, Diddy pode pegar uma pena máxima de 20 anos.
A promotora Maurene Comey havia estimado uma pena superior a quatro anos, enquanto a defesa de Diddy acredita que ele pegará apenas dois anos.
As acusações levantadas pela promotoria apontavam que Diddy liderava uma rede criminosa por mais de duas décadas.
Usando sua fama e fortuna como fachada, ele teria comandado um esquema de exploração sexual, abusando, ameaçando e coagindo mulheres a participar de festas sexuais chamadas de freak-offs.
O músico e seus comparsas depois buscavam intimidar as vítimas para que elas se calassem.
As provas da acusação incluíram depoimentos de 34 testemunhas, milhares de registros telefônicos, financeiros e e-mails.
Um vídeo de 2016, que mostrava Diddy agredindo sua ex-namorada, Cassie Ventura, no corredor de um hotel, foi uma das evidências mais fortes.
Diddy sempre alegou inocência, e sua defesa sustentou que ele vivia um "estilo de vida swinger", mas que todos os atos sexuais eram consensuais, e não crimes.
Apesar da absolvição das acusações mais graves, o juiz Arun Subramanian negou o pedido de fiança da defesa.
Diddy permanece preso no Brooklyn enquanto aguarda a leitura da sentença, prevista para as próximas semanas.
A promotoria se opôs à soltura, alegando risco de fuga e classificando-o como uma ameaça à sociedade.
A recusa da fiança pelo juiz foi justificada pelo "longo histórico de violência" comprovado durante o julgamento.
A promotora Maurene Comey, em suas alegações finais, afirmou que:
"O réu nunca pensou que as mulheres de que ele abusou teriam a coragem de dizer em voz alta o que ele lhes havia feito. [...] Isso acaba neste tribunal. O réu não é um Deus."
A audiência para debater a sentença está marcada para 8 de julho. Após a decisão final, os advogados de Diddy poderão entrar com recursos em um processo que pode levar anos.
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