O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados decidiu, na tarde desta quarta-feira (5/6/24), arquivar a representação contra o deputado federal André Janones (Avante-MG).
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.
Colegiado arquivou nesta quarta-feira (5/6/24) a denúncia contra o deputado mineiro por 12 votos a 5.
.jpg)
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados decidiu, na tarde desta quarta-feira (5/6/24), arquivar a representação contra o deputado federal André Janones (Avante-MG).
A decisão, tomada por 12 votos a 5, gerou tumulto e intensas discussões entre os congressistas.
Acusado pelo PL de envolvimento em um esquema de "rachadinha", em que supostamente cobrava parte dos salários de seus assessores, Janones teve o mandato mantido após uma sessão marcada por trocas de acusações e tentativas de intimidação.
A denúncia contra ele foi sustentada por reportagens do portal Metrópoles, mas o deputado contestou veementemente as alegações, afirmando que o áudio utilizado nas reportagens foi adulterado por um ex-assessor.
"Abri mão do meu sigilo bancário, do meu Imposto de Renda. Meu patrimônio diminuiu mais de 80% entre 2018 e 2022. Não teve nenhuma prova material", defendeu-se Janones, diante do Conselho.
A defesa do deputado ganhou força pela recomendação de arquivamento do processo disciplinar feita pelo relator, deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP).
Boulos argumentou que o Conselho não tem competência para julgar atos anteriores ao atual mandato, destacando a necessidade de evitar julgamentos com "dois pesos e duas medidas".
A decisão não foi unânime. O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) apresentou um voto em separado, defendendo a continuidade da representação.
O paraibano enfatizou que as denúncias vieram à tona apenas em novembro de 2023, durante a atual legislatura, e que as provas contra Janones incluíam gravações feitas por um ex-assessor do próprio deputado.
Após o resultado, a sessão, que já estava tensa, tornou-se palco de uma acalorada discussão. Os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Zé Trovão (PL-SC) foram os mais exaltados, quase chegando às vias de fato com Janones. A intervenção de outros parlamentares e de policiais legislativos foi necessária para evitar que a situação se agravasse.
Com a decisão do Conselho, a denúncia contra André Janones deverá seguir agora para a Justiça, onde será investigada.
A manutenção do mandato, no entanto, marca um episódio de forte polarização e revela as profundas divisões políticas na Câmara dos Deputados.
Dia de confusões
O dia na Câmara dos Deputados não teve apenas a discussão acalorada envolvendo o deputado André Janones.
Na Comissão de Direitos Humanos, o deputado Éder Mauro (PL-PA) também se envolveu em uma confusão que quase terminou em agressão.
Durante a realização da audiência no colegiado, um homem gritou pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e provocou o deputado paraense, dizendo “canalha é seu pai”.
A atitude irritou o parlamentar, o qual foi em direção ao homem tirar satisfação. A situação quase resultou em agressão física, mas acabou sendo contornada pela Polícia Legislativa.