O PT e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) assinaram um termo de cooperação para criar um curso de extensão para militantes.
O acordo foi assinado em dezembro de 2023 e prevê atividades que deverão acontecer até 2029.
As negociações foram feitas pelo Instituto de Economia da Unicamp, por meio do seu Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (CESIT).
O PT foi representado pela Fundação Perseu Abramo, uma instituição ligada ao partido.
O caso está sendo investigado pelo Ministério Público de São Paulo, após denúncia formal do deputado estadual Guto Zacarias (União-SP).
O parlamentar acusa a parceria de promover política‑partidária através de bens ou espaço público.
Os termos do acordo foram divulgados pelo jornal Gazeta do Povo, que teve de recorrer à Lei de Acesso à Informação após as instituições negarem diversos pedidos de envio.
A primeira ação anunciada foi a criação do curso online “Desenvolvimento, Trabalho e Políticas Públicas – Módulo I” (ECO-0615).
A Unicamp se compromete a fornecer professores e o espaço digital, enquanto a FPA assume ao menos 50% das despesas com alunos e garante a divulgação.
Embora a Universidade tenha designado seis professores para ministrarem as aulas, a FPA convidou mais de 30 nomes externos.
Entre eles estão o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, e o líder do MST, João Pedro Stédile.
No documento está escrito de maneira direta que o objetivo do curso incluí o preparo de “militantes” ligados a grupos políticos:
“Em um contexto de profundas transformações que afetam o mundo do trabalho e a dinâmica das economias capitalistas contemporâneas, o Instituto de Economia da Universidade de Campinas em diálogo com a Fundação Perseu Abramo vem por meio deste apresentar proposta de celebração de Termo de Cooperação entre as duas instituições, com o objetivo de realizar curso de extensão a ser oferecido pela Unicamp, tendo como público-alvo agentes públicos, atores políticos e militantes de movimentos sociais.”
De acordo com a Gazeta do Povo, o processo seletivo foi elaborado pela fundação e inclui um vídeo de três minutos gravado pelo candidato contando sua “trajetória de atuação profissional, sindical e política”.
A publicação destaca que isso pode servir como uma espécie de “filtro” para selecionar alunos mais alinhados à visão e aos interesses do partido.
Esse é mais um exemplo de como movimentos conseguem usar as estruturas das universidades para fins políticos.
A Brasil Paralelo investigou como a esquerda construiu uma hegemonia nas instituições de ensino superior e intimidou seus opositores em um espaço que deveria ser aberto ao debate.
Assista à primeira parte do documentário Unitopia abaixo:
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