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Segurança pública
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Cláudio Castro detalha megaoperação em podcast: “A polícia não acorda para matar”

O governador do Rio de Janeiro disse que não pedirá desculpas por enfrentar o crime organizado.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
7/11/2025 15:59
Reprodução

A conversa entre Rodrigo Vilela e o governador Cláudio Castro começou com tom direto.

Visivelmente à vontade no estúdio, o governador não evitou o tema mais comentado das últimas semanas: a Operação Contenção, que resultou na morte de integrantes do Comando Vermelho e reacendeu o debate sobre a atuação policial nas favelas do Rio de Janeiro.

Gravado para o podcast Inteligência Ltda., o episódio abordou as ações de segurança pública no estado e as críticas à cobertura da imprensa.

Também tratou das decisões do Supremo Tribunal Federal sobre operações em comunidades e do Projeto Sentinela, que integra tecnologia, câmeras e inteligência artificial no monitoramento de áreas de risco.

Ao longo da entrevista, Castro também falou sobre a relação com o governo federal, as comparações com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, a influência da fé em sua trajetória pessoal e os desafios da recuperação institucional do Rio.

“A polícia não acorda de manhã para matar. Acorda para proteger. E eu não vou pedir desculpas por enfrentar o crime organizado.”

A declaração marcou o tom da conversa, que percorreu temas como segurança, autonomia do Estado e responsabilidade pública.

Castro explicou que a operação não foi improvisada, mas fruto de planejamento de meses, com base em inteligência e integração entre as forças estaduais.

“Foi uma ação dentro da lei. Não teve improviso, não teve descontrole. Quem chama isso de chacina está do lado dos bandidos. O Estado precisa retomar o território que o medo tomou.”
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A guerra nas favelas e o papel do Estado

Castro descreveu a Operação Contenção como um divisor de águas na política de segurança do Rio. Disse que o objetivo não era apenas prender ou matar criminosos, mas restabelecer o controle estatal sobre regiões dominadas por facções.

De acordo com o governador, o Estado vem recuperando gradualmente áreas antes marcadas por barricadas e ausência policial.

“O que a gente está fazendo é tirar o poder paralelo de dentro da casa das pessoas. É o mínimo que o cidadão merece: poder sair pra trabalhar sem pedir autorização a bandido.”

Castro afirmou que combater o crime não é violência estatal, mas garantia de liberdade.

“Violência é o domínio do tráfico. O que o Estado faz é devolver a liberdade.”

Reconheceu os riscos, mas defendeu a firmeza da ação:

“Se a gente recuar, o crime avança. E quando o Estado avança, o bandido recua. É simples assim.”

A imprensa e a disputa pela narrativa

Um dos pontos centrais da entrevista foi o embate com a mídia. Castro acusou parte da imprensa de distorcer fatos e transformar criminosos em vítimas.

“Tem jornalista que dá mais espaço pro bandido do que pro policial morto. A elite aprendeu a achar normal o poder paralelo.”

Ele criticou o que considera uma abordagem ideológica sobre o Rio, afirmando que o Estado é tratado como vilão mesmo quando age dentro da lei.

“Não dá pra achar que o policial é o inimigo. Quem defende o policial não é a direita ou a esquerda, é o cidadão de bem. Eu não governo com medo de manchete.”

Castro afirmou que certas coberturas “escolhem lados” e que há quem prefira ver o Estado enfraquecido.

“Tem gente que fica confortável vendo o Estado de joelhos. Eu não vou aceitar isso. A polícia é o braço da lei, não o inimigo do povo.”

Ele afirma que essa narrativa cria uma percepção falsa sobre o Rio:

“O que o carioca vive no dia a dia é o oposto do que aparece nas manchetes. Quando a polícia entra, muita gente agradece, porque volta a ter paz.”

Autonomia e enfrentamento institucional

Outro eixo da entrevista foi o embate com o STF. Castro afirmou que decisões recentes da Corte, que restringem operações em comunidades, limitaram a capacidade do Estado de agir.

“O STF está virando uma espécie de gestor do Rio. É fácil mandar suspender operação lá de Brasília, mas quem enfrenta o fuzil aqui é o policial.”

O governador defendeu a autonomia dos estados em matéria de segurança pública e criticou a centralização judicial.

“Tem muita gente que fala de direitos humanos sem nunca ter pisado numa favela. Eu tenho que responder pelas vidas dos meus policiais e dos inocentes. Quem vive aqui sabe o que está em jogo.”

Castro também relatou dificuldades de cooperação com o governo federal. Disse que o Fundo Nacional de Segurança Pública tem sido retido e que o Rio arca sozinho com grande parte das despesas.

“O Rio não precisa de discurso, precisa de meios. O governo federal precisa parar de olhar pro Estado como problema e passar a tratar como parte da solução.”

Tecnologia, inteligência e o Projeto Sentinela

Quando o tema passou ao futuro da segurança, Castro apresentou o Projeto Sentinela, uma das apostas centrais de sua gestão. O programa integra o uso de câmeras corporais, drones e inteligência artificial para rastrear movimentações e antecipar ocorrências.

“O crime se digitalizou. O Estado não pode continuar analógico.”

Ele afirma que o sistema permitirá o monitoramento em tempo real de áreas críticas e o cruzamento de dados entre polícias e secretarias.

“Estamos criando uma estrutura que permite agir antes que o crime aconteça. É o olhar do Estado voltando para onde foi tirado.”

O governador destacou que a recuperação fiscal do Rio permitiu investir em infraestrutura e reaparelhamento.

“Hoje temos o maior investimento em segurança dos últimos vinte anos. Isso não é marketing, é prioridade.”

Ele também mencionou a formação de novos policiais e a modernização de viaturas e equipamentos.

“O policial precisa de condições pra agir com técnica, não com improviso. Isso salva vidas.”

Comparações com Nayib Bukele

Questionado sobre comparações com Nayib Bukele, presidente de El Salvador, Castro disse admirar sua firmeza, mas rejeitou cópias.

“Eu admiro o enfrentamento sem hipocrisia, mas o Brasil tem outro contexto. Aqui não é ditadura, é Estado de Direito.”

Defendeu “firmeza dentro da legalidade” e afirmou que o Rio precisa vencer o medo sem perder o equilíbrio.

“A diferença entre coragem e arbitrariedade é a lei. A gente tem que ser duro, mas justo.”

Castro também rejeitou o rótulo de “bolsonarista”. Além disso, disse que o apoio popular o motiva.

“Eu não sou bolsonarista, nem lulista. Eu sou fluminense. Meu foco é o Rio, não Brasília.Eu ando nas ruas e as pessoas me param pra agradecer por ter voltado a ver a polícia na porta da escola. Isso é o que importa.”

O peso da fé e a segunda chance

Em um dos trechos mais pessoais, Castro falou sobre o acidente de carro de 2022, quando quase morreu.

“Aprendi que Deus dá segunda chance pra quem tem propósito. Eu devia ter morrido naquele dia. Quando abri o olho e vi que estava vivo, entendi que minha missão ainda não tinha acabado.”

Ele disse que a fé é o alicerce das decisões de governo:

“Eu oro antes de decidir. Isso não é religiosidade, é consciência. Eu sei que o que faço impacta vidas.”

Também lembrou o passado como músico gospel e a origem humilde:

“Eu vim de baixo, vivi o que o povo vive. Isso me ajuda a não me descolar da realidade. Fé não é ausência de medo. É seguir em frente mesmo com medo.”

Nos minutos finais, o tom mudou. Castro disse que o maior inimigo do Rio não é o crime, mas o desencanto coletivo.

“O Rio não é um lugar de caos. É um povo que acredita. Só precisa parar de ouvir quem diz que a gente está condenado.”

O governador associou o enfrentamento à violência a uma luta pela alma da cidade.

“O medo virou uma prisão invisível. A gente precisa romper isso. Quando o Estado entra, o medo sai.”

Encerrando a entrevista, deixou um apelo direto: “Deixem o Rio de Janeiro vencer.”

Durante a entrevista, Cláudio Castro falou sobre a Operação Contenção, defendeu a atuação das forças de segurança e rebateu críticas à condução das ações no Rio de Janeiro.

Comentou também a relação com o Supremo Tribunal Federal, a cooperação com o governo federal, e apresentou detalhes do Projeto Sentinela, voltado ao uso de tecnologia e inteligência policial.

O governador ainda tratou de temas como autonomia institucional, fé pessoal e desafios da gestão pública.

Ao encerrar, reafirmou o compromisso de manter o enfrentamento ao crime organizado dentro da lei e destacou que a prioridade do governo é garantir segurança e estabilidade à população fluminense.

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