Como foi o mutirão de devolução?
O mutirão desta terça-feira é a terceira grande etapa de restituições organizadas pela polícia.
Em julho, 1.400 aparelhos voltaram às mãos de seus donos. Agora, com 1.600 celulares liberados, a ação atinge sua maior marca.
As vítimas são informadas por telefone ou WhatsApp, sempre por números funcionais das delegacias, e orientadas sobre data, horário e local de retirada. Ao chegar, passam por pré-cadastro, triagem dos documentos e identificação técnica do aparelho.
A fonoaudióloga Daniela Raimundo, que teve o celular furtado dentro de um ônibus, afirmou ter se sentido “como ganhando na loteria” após ser avisada de que seu aparelho havia sido localizado.
A checagem não deixa de ser rigorosa: a Polícia confirma IMEI, registros internos e histórico de ocorrência precisam coincidir para garantir que o bem volta ao dono correto.
Entenda a Operação Rastreio
A Operação tem revelado, fase após fase, como funciona a cadeia que movimenta o mercado ilegal de celulares no Rio.
Na véspera do mutirão, equipes cumpriram ordens judiciais simultâneas em várias unidades da federação. Só no Rio foram apreendidos mais de 2,5 mil celulares e dezenas de equipamentos usados para desbloqueio: cartões clonados, componentes eletrônicos e computadores.
Mais de 30 suspeitos foram presos em flagrante nesta fase. Desde outubro, já são mais de 700 detenções de assaltantes armados a técnicos especializados na reativação de celulares roubados, passando pelos receptadores que revendem os aparelhos.
Segundo os investigadores, quadrilhas especializadas operavam o “desbloqueio remoto”, técnica que permite recolocar celulares no mercado e aplicar golpes bancários usando contas falsas criadas com dados das vítimas.
O aplicativo Meu Celular Seguro RJ do governo do Rio permite cadastrar o IMEI, consultar restrições e descobrir se há BO registrado. Integrado à Anatel e ao sistema das delegacias, o app também notifica usuários flagrados com aparelhos furtados, exigindo devolução em até 72 horas.
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