Pela primeira vez desde 1982, a Globo não será a única casa da Copa do Mundo no Brasil. O streamer Casimiro Miguel, dono da Cazé TV, fechou um acordo inédito com a Fifa para transmitir todas as 104 partidas da Copa de 2026.
O torneio marcará o aumento do número de seleções (de 32 para 48) e a realização simultânea em três países: Estados Unidos, México e Canadá.
O contrato foi anunciado no último domingo durante a final da Ccopa de Mmundo de clubes da FIFA. A Cazé TV terá os direitos integrais de transmissão, tanto de fase de grupos quanto dos jogos decisivos.
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Metade da Copa será exclusiva do streamer
Enquanto a Cazé TV poderá exibir todos os jogos, a Globo adquiriu apenas 52 partidas. Isso significa que, neste momento, metade da Copa é exclusiva do canal de Casimiro.
Outras empresas ainda podem negociar a compra de pacotes adicionais nos próximos meses.
Mas, por ora, a Cazé TV é a única plataforma com direito ao torneio completo, um marco na transformação do consumo esportivo no Brasil.
A transmissão será gratuita pelo YouTube, além de estar disponível em plataformas como Disney+, Amazon Prime Video, Samsung TV Plus e Sky+.
Uma virada no mercado
A última vez que a Globo deixou de transmitir 100% da Copa foi há mais de 40 anos. Em 2022, no Catar, a emissora exibiu todos os jogos pela TV fechada e streaming, e 56 dos 64 confrontos na TV aberta.
Agora, com o novo formato e a concorrência do streaming, terá que escolher com mais cautela quais partidas transmitir.
Apesar disso, a Globo segue no mercado esportivo com força. Recentemente, anunciou a retomada dos direitos da Fórmula 1, que estavam com a Band desde 2021.
Fórmula 1 volta à Globo em 2026
O novo contrato entre Globo e F1 terá duração de três anos (2025–2028) e inclui:
- 15 corridas na TV aberta;
- Todos os 24 GPs exibidos no SporTVtv;
- Transmissão completa de treinos livres, classificações e corridas sprint.
Algumas etapas, como Bahrein, Arábia Saudita, Miami e Catar, devem ficar restritas à TV fechada por conflito de horário na programação.
A entrada de influenciadores digitais no centro das grandes competições esportivas mostra como o público migrou da televisão tradicional para plataformas flexíveis, com acesso gratuito e linguagem informal.
A Cazé TV, que começou como uma iniciativa de nicho, hoje disputa espaço com as maiores emissoras do país. E com a Copa de 2026, essa disputa pode mudar de patamar.
















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