A decisão ocorre em um momento de grande expectativa, poucos dias após a CBF, sob o comando de Rodrigues, ter anunciado Carlo Ancelotti como o novo técnico da Seleção Brasileira.
A Corte anulou a assembleia de 2022 que elegeu Rodrigues, citando vícios insanáveis.
O TJRJ acatou um pedido que questionava a legalidade da eleição de Ednaldo Rodrigues, ocorrida em março de 2022. A Corte fluminense anulou a assembleia que o elegeu.
O magistrado responsável pela decisão detalhou o motivo em seu despacho. "DECLARO NULO O ACORDO FIRMADO ENTRE AS PARTES, HOMOLOGADO OUTRORA PELA CORTE SUPERIOR...", iniciou o juiz.
Este acordo, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público, foi o que viabilizou a eleição de 2022. A nulidade, segundo o juiz, ocorreu "...em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários, ANTÔNIO CARLOS NUNES DE LIMA, conhecido pelo CORONEL NUNES".
Coronel Nunes é ex-presidente da CBF. Sua assinatura no acordo que permitiu o pleito foi, portanto, considerada inválida pela Justiça do Rio.
Com o afastamento de Ednaldo Rodrigues, a CBF será comandada interinamente. O vice-presidente, Fernando Sarney foi nomeado interventor pelo TJRJ. Ele terá a responsabilidade de administrar a entidade. Sua principal missão é convocar novas eleições "o mais rápido possível". A medida visa restaurar a normalidade administrativa na confederação.
Até o momento, Ednaldo Rodrigues não se pronunciou oficialmente após esta nova decisão. No entanto, em ocasiões anteriores, negou quaisquer irregularidades em sua eleição.
Seus advogados devem analisar os termos da decisão do TJRJ. É esperado que ele recorra da sentença em instâncias superiores. A disputa pelo comando da CBF adiciona um capítulo de incerteza ao futebol brasileiro e ocorre justamente após um anúncio de peso como a contratação de Ancelotti.
A governança no esporte brasileiro continua a ser um campo de disputas e desafios. A estabilidade administrativa da CBF é crucial para o desenvolvimento do futebol no país.
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