Na Alemanha existe um imposto chamado Kirchensteuer, cobrado apenas para pessoas que declaram sua religião.
Quando as pessoas se registram no país, precisam declarar se seguem alguma religião. Caso a resposta seja sim, passam a pagar uma taxa compulsória. O valor para católicos e protestantes gira em torno de 8% a 9% do valor total pago imposto de renda.
Isso significa que se uma pessoa pagar o equivalente a R$12.5 mil de imposto de renda, teria de arcar com um acréscimo de R$1.125 por declarar sua fé.
O tributo é recolhido automaticamente e destinado à manutenção de religiões oficialmente reconhecidas pelo Estado.
Pessoas que professam algumas religiões, como a igreja Ortodoxa e o Islã, não são obrigadas a arcar com esse tributo.
O governo recebe uma parte da taxa que pode variar entre 2% e 4,5% do total, segundo o portal Alemanha Cast, o restante vai diretamente para a igreja.
Aproximadamente 60% do total que fica com a instituição religiosa é destinado para pagar funcionários e sustentar religiosos.
O restante costuma ser dividido entre construções, escolas e sistema educacional, caridade e administração.
É comum que cidadãos não declarem sua religião para não serem obrigados a arcar com o imposto. A prática chegou a parar na Justiça.
A Convenção dos bispos alemães chegou a negar os sacramentos para os fiéis que mudaram seus registros na busca de evitar o tributo.
A medida fez com que um fiel processasse a instituição em 2007. Ele queria participar das celebrações apesar de não estar oficialmente registrado.
Em 2012, o caso chegou a uma das mais altas cortes do país, o Tribunal Administrativo Federal, que determinou a legalidade da decisão tomada pelos bispos.
Entre 2002 e 2012 mais de 2 milhões de pessoas mudaram seu registro para deixar de pagar a taxa, segundo matéria do O Globo. O número de cristãos na Alemanha tem caído ao longo dos últimos anos.
Na década de 1990, o número de cristãos no país chegava a 57 milhões, atualmente caiu para 37 milhões. As estimativas apontam que o número descerá para 23 milhões até 2060, segundo o jornal DW.
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