Fernando Villavicencio, candidato da direita à presidência do Equador, foi assassinado ontem com três tiros na cabeça após deixar um comício em Quito. O presidente equatoriano Guillermo Lasso, confirmou a morte nas redes sociais, afirmando que o crime “não ficará impune”.
“Indignado e consternado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio”, escreveu Lasso. “Minha solidariedade e minhas condolências a sua esposa e suas filhas. Por sua memória e sua luta, garanto que esse crime não ficará impune.”.
Villavicencio tinha 59 anos e era candidato pelo Movimento Construye. O crime ocorreu a menos de duas semanas para as eleições, marcadas para o dia 20 deste mês.
Villavicencio apareceu na pesquisa mais recente como o quinto candidato mais popular, tendo 7,5% das intenções de voto para as eleições.
A campanha de Fernando era mais voltada para o combate ao narcotráfico, tendo declarado, há alguns dias, que não tem medo dos criminosos. Uma de suas promessas era construir uma prisão de segurança máxima.
O atual presidente convocou uma reunião de emergência com seu gabinete de segurança para tratar do assunto. Lasso acusou o crime organizado: “o crime organizado chegou muito longe, mas sobre eles vai cair todo o peso da lei”.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o político deixa o local do evento e se dirige para um carro. Em seguida, é possível ouvir tiros e gritos.
Pouco dias antes de morrer, Villavicencio apontou quem seriam os responsáveis
Em entrevista recente ao jornal La Posta, Fernando Villavicencio afirmou que enviaram um membro do grupo criminoso os Ñetas para ameaçá-lo com uma bomba. O candidato afirmou em seguida que se algo se passasse com ele, seria culpa do correísmo.
Correísmo é a corrente política do ex-presidente do Equador Rafael Correa, integrante do Foro de São Paulo que atualmente está foragido.
O analista político José Carlos Sepúlveda comentou o caso:
“O candidato a Presidente do Equador, assassinado há pouco, foi uma das principais vozes a denunciar a corrupção da Odebrecht no Equador e o financiamento ilícito à campanha de Rafael Correa, hoje foragido do País, após ter sido condenado a oito anos de prisão.”.
Das 50 cidades consideradas as mais violentas do mundo, o Equador possui apenas uma, a cidade de Guayaquil. Nesta lista, o Brasil possui 10 cidades ao todo. Os dados foram elaborados pela ONG Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal.
Assim como no Equador, os grandes responsáveis pela violência no Brasil são o crime organizado e o narcotráfico
Para sanar a doença, é preciso primeiro realizar o diagnóstico.
Buscando trazer um panorama sério e profundo, sem usar a lente de ideologias políticas, a Brasil Paralelo lançou o documentário exclusivo: Entre Lobos.
O filme revela pela primeira vez as verdadeiras causas da insegurança que afeta todos os brasileiros.
Ele também irá mostrar o mundo real do combate ao crime, com o dia a dia e as dificuldades das polícias no Brasil.



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