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Economia
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Café muito amargo! Grão sobe mais de 80% e registra o preço mais alto desde 1994

Entenda os fatores por trás da alta histórica no preço de alimentos e bebidas e como isso impacta o consumidor brasileiro.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
13/5/2025 17:14
reprodução redes sociais

O brasileiro nunca pagou tão caro pelo cafezinho. O quilo do café moído atingiu um valor 80,2% maior do que o acumulado no ano passado, segundo o IPCA, índice que mede a inflação. A informação foi divulgada pelo IBGE em 9 de maio de 2025. 

No site do supermercado Pão de Açúcar, o preço do pacote de 500g das marcas Melita, Três Corações e Pilão variam entre R$38,99 e R$40,99. Na rede varejista Sam´s Club, que trabalha com vendas por atacado, o valor varia por 500 gramas varia entre R$ 37,56 e R$37,89.

É a maior disparada no preço do produto desde a criação do Plano Real, em 1994

O aumento supera  até os 85,5% de maio de 1995. Os valores do aumento foram:

  • 4,48% em abril;
  • 8,14% em março;
  • 10,77% em fevereiro, o maior salto mensal em 26 anos.

Entre os 377 itens do IPCA, o café liderou o ranking das altas com folga. 

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O que tem tornado o preço do café mais “amargo”? 

  • Logística cara: conflitos no Oriente Médio encareceram o transporte internacional, elevando os custos logísticos.
  • Clima implacável: secas, geadas e ondas de calor castigam as lavouras brasileiras há quatro anos. Em 2024, o estresse climático fez as plantas abortarem frutos, reduzindo a colheita. O Brasil, que abastece quase 40% do café mundial, sentiu o impacto.
  • Oferta global diminuiu: o Vietnã, segundo maior produtor, também sofreu quebras de safra por problemas climáticos, apertando a disponibilidade global.
  • Paixão chinesa pelo cafezinho: a demanda pelo cafezinho explodiu, puxada pela China, que saltou da 20ª para a 6ª posição entre os maiores compradores de café brasileiro desde 2023.
  • Safra insuficiente: mesmo com uma safra prevista de 55,7 milhões de sacas em 2025, ainda estamos longe do recorde de 63,1 milhões colhidas em 2020. Nossa produção subiu 2,7% em relação a 2024, mas mesmo assim está longe de nossa potência total. 

Marcelo Cunha, professor e consultor de negócios, alerta que os preços devem continuar altos até 2026, com oferta baixa e procura alta.

“A seca e as geadas de 2023 devastaram a produção de 2024, reduzindo estoques e inflando os preços”, disse à Gazeta do Povo.

Ele afirma que produtores registram lucros de até 150% mais, mas o consumidor paga a conta.

A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) alerta que os custos da matéria-prima subiram 224% em quatro anos, enquanto o preço ao consumidor aumentou 110%.

Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, destaca que o dólar valorizado pressiona os preços.

O café, segunda bebida mais consumida no mundo, atrás apenas da água, está mais caro. Ainda assim, o Brasil segue reinando: a cada três xícaras no mundo, uma é brasileira. 

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