O brasileiro nunca pagou tão caro pelo cafezinho. O quilo do café moído atingiu um valor 80,2% maior do que o acumulado no ano passado, segundo o IPCA, índice que mede a inflação. A informação foi divulgada pelo IBGE em 9 de maio de 2025.
No site do supermercado Pão de Açúcar, o preço do pacote de 500g das marcas Melita, Três Corações e Pilão variam entre R$38,99 e R$40,99. Na rede varejista Sam´s Club, que trabalha com vendas por atacado, o valor varia por 500 gramas varia entre R$ 37,56 e R$37,89.
É a maior disparada no preço do produto desde a criação do Plano Real, em 1994.
O aumento supera até os 85,5% de maio de 1995. Os valores do aumento foram:
- 4,48% em abril;
- 8,14% em março;
- 10,77% em fevereiro, o maior salto mensal em 26 anos.
Entre os 377 itens do IPCA, o café liderou o ranking das altas com folga.
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O que tem tornado o preço do café mais “amargo”?
- Logística cara: conflitos no Oriente Médio encareceram o transporte internacional, elevando os custos logísticos.
- Clima implacável: secas, geadas e ondas de calor castigam as lavouras brasileiras há quatro anos. Em 2024, o estresse climático fez as plantas abortarem frutos, reduzindo a colheita. O Brasil, que abastece quase 40% do café mundial, sentiu o impacto.
- Oferta global diminuiu: o Vietnã, segundo maior produtor, também sofreu quebras de safra por problemas climáticos, apertando a disponibilidade global.
- Paixão chinesa pelo cafezinho: a demanda pelo cafezinho explodiu, puxada pela China, que saltou da 20ª para a 6ª posição entre os maiores compradores de café brasileiro desde 2023.
- Safra insuficiente: mesmo com uma safra prevista de 55,7 milhões de sacas em 2025, ainda estamos longe do recorde de 63,1 milhões colhidas em 2020. Nossa produção subiu 2,7% em relação a 2024, mas mesmo assim está longe de nossa potência total.





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