Desde a megaoperação contra o Comando Vermelho nos Complexos da Pena e do Alemão, a popularidade do governador Cláudio Castro tem aumentado.
Uma pesquisa do Datafolha mostra que sua gestão alcançou o maior pico de aprovação, com 40% dos moradores da capital avaliando o governo como bom ou ótimo.
Além disso, ele também ganhou mais de 900 mil seguidores nas redes sociais desde a ação.
Durante uma entrevista para o podcast Inteligência LTDA, o apresentador Rogério Vilela perguntou ao governador sobre as comparações que têm sido feitas entre ele e o presidente de El Salvador, Nayib Bukele.
Bukele apostou em uma política de encarceramento para conter a violência que dominava as ruas de seu país.
Mais de 70 mil pessoas foram presas e o país deixou de ser um dos mais violentos no mundo para não registrar nenhum assassinato em mais de 1.000 dias.
O governador elogiou o trabalho do presidente salvadorenho, mas destacou que o cenário era muito diferente do que sua gestão é capaz de fazer:
“É algo totalmente diferente, não tem nada a ver. Ele assumiu a presidência da República e está fazendo um trabalho muito impressionante. Mas lá ele mudou a legislação, mudou a forma como o poder público lida com a questão da criminalidade.”
O governador seguiu criticando a forma como o governo de El Salvador promove o encarceramento em seu país:
“Eu, particularmente, não acho que o encarceramento, por si só, resolve. Eu acho que tem que encarcerar quem precisa ser encarcerado. Não é simplesmente pegar um monte de gente e colocar na cadeia. Você tem que desincentivar o crime também. Não é só botando todo mundo lá que vai resolver. Tem que haver equilíbrio.”
Apesar da fala, Cláudio Castro também criticou a situação legal do Brasil, afirmando que muitos criminosos são liberados pouco após a prisão:
“Por exemplo, o que acontece hoje é o ‘prende e solta’. Eu prendo o mesmo cara 40, 50 vezes.”
Outro ponto que o governador levantou foi a questão do trabalho nos presídios. Ele elogiou a forma como o governo Bukele incentiva seus detentos.
Castro também destacou que tem um projeto para fazer algo semelhante nos presídios cariocas:
“Aqui também temos esse projeto. Ele coloca o preso para trabalhar. O empresário que quiser pode contratar uma linha de produção, e o detento trabalha para reduzir sua pena e também para pagar os custos dele no sistema.”
Ainda devem acontecer outras 10 operações semelhantes em regiões controladas pelo Comando Vermelho, anunciadas nesta semana pelo governador.
A capital carioca se transformou em um verdadeiro cenário de guerra. Facções controlando regiões e guerreiam entre si e contra o Estado para aumentar seus domínios.
A Brasil Paralelo investigou como a cidade chegou nessa situação e o que fazer para evitar que o mesmo se repita em outros lugares com o documentário Rio de janeiro: Paraíso em Chamas.
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