Aumenta o risco da Venezuela invadir a Guiana e disputar militarmente a região de Essequibo. Rumores preocupam as autoridades brasileiras do norte do país. Na internet, já circulam vídeos de supostos militares venezuelanos na fronteira com o Brasil.
Faltam poucos dias para o referendo que Nicolás Maduro convocou. O ditador venezuelano está convidando a população a dizer se apoiam ou não a criação de uma nova província chamada Guayana Esequiba, que hoje pertence à Guiana.
O território possui 159.500 km² e corresponde a 60% do atual território da Guiana. Desde 1966, a região é reivindicada pela Venezuela.
Estima-se que a região reivindicada tenha uma capacidade de 1,2 milhão de barris de petróleo por dia. Essequibo não é rica apenas em combustíveis fósseis, sua região terrestre é reconhecida por possuir reservas de ouro e um alto potencial hidrológico. O local concentra parte da Amazônia Internacional.
Diante do conflito armado que pode se instalar, o senador Hiran Gonçalves (PP) pediu ao Ministério da Defesa o reforço das Forças Armadas em Pacaraima, cidade brasileira na fronteira com a Venezuela.
O ministro José Múcio garantiu que irá reforçar a segurança da região. A cidade no norte de Roraima é um local estratégico de acesso ao Essequibo.
A Guiana tem um laudo assinado pela França de 1899 que lhe concede o território reivindicado pela Venezuela. O documento em questão estabelece todas as fronteiras atuais do país.
Já o regime de Maduro alega que possui um tratado com o Reino Unido, feito em 1966, que lhe concede o território. O acordo foi assinado antes da independência da Guiana.
Desde a assinatura do acordo, a Venezuela disputa a região, mas sem medidas contundentes. O conflito se intensificou em 2015, quando a companhia americana ExxonMobil descobriu uma imensa reserva natural de petróleo e outros bens na região.
A guerra pode agravar a crise migratória venezuelana. De acordo com dados da Agência de Refugiados da ONU, mais de 5,4 milhões de pessoas já saíram do país, muitas se direcionaram para o Brasil.
As guerras movimentam a economia de um país e podem mobilizar os cidadãos em torno de uma causa. Muitos ditadores usam desse recurso para aumentar seu domínio e estender seu poder.
Nicolás Maduro há anos comanda a Venezuela, perseguindo opositores, calando dissidentes e governando por meio da força.
Apesar disso, muitos veículos de comunicação não o tratam como um ditador, mas sim um representante legitimamente eleito pelo seu povo.
Para entender a Venezuela como ela é, a Brasil Paralelo foi até o país de Maduro descobrir histórias reais contadas pela população local.
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