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Internacional
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Brasil pode aderir à nova rota da seda chinesa

O programa de investimento do país asiático pode trazer benefícios econômicos, mas ameaça o Brasil de se endividar com o país asiático.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
2/8/2024 10:42
Ricardo Stuckert

O governo brasileiro está avaliando a inserção do Brasil na nova rota da seda, um programa chinês de investimentos bilionários na área de infraestrutura. Caso o governo opte por seguir, o Brasil entrará no grupo dos 150 países que aderiram à iniciativa.

O presidente afirmou, durante uma coletiva de imprensa realizada por veículos de mídia estrangeiros realizada no dia 22 de julho, que precisa saber qual é o papel que o Brasil irá desempenhar no projeto, caso opte por aderir à iniciativa:

"Eu quero saber aonde é que a gente entra, em que posição nós vamos jogar, porque nós não queremos ser reserva, nós queremos ser titular."

O Brasil representa o maior parceiro econômico da China na América Latina, recebendo quase metade dos investimentos diretos chineses. A segunda posição é ocupada pelo México, com aproximadamente 3% do total.

A China também representa o maior importador de commodities brasileiras, garantindo ao país uma balança comercial superavitária.

O enfraquecimento das relações políticas e comerciais entre China e Argentina, causados pela postura diplomática de Javier Milei, também pode incentivar o governo chinês a tentar expandir sua presença no Brasil.

O país asiático tem oferecido uma parceria estratégica entre o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), iniciado no começo do ano passado, e a iniciativa denominada nova rota da seda.

O governo brasileiro  busca negociar uma posição de destaque com mais vantagens para ingressar de fato no programa.

Quais são os contras da entrada do Brasil no programa chinês?

Lançada em 2013, a manutenção e expansão da iniciativa têm sido uma das questões mais importantes para a política externa de Xi Jinping.

Os investimentos, que já ultrapassam US$2 trilhões, trazem diversos benefícios para o governo e as empresas chinesas.

Primeiramente, os empréstimos ajudam o governo chinês a expandir sua capacidade de estabelecer parcerias e aumentar a profundidade dos laços com os governos que recebem o dinheiro. 

É uma forma de melhorar a imagem do país e aprofundar a confiança junto a seus parceiros, possibilitando ao gigante asiático aumentar o leque de aliados geopolíticos e econômicos.

No entanto, a estratégia vem sendo acusada pelo governo americano e por membros da UE de levar os países a uma espiral de endividamento com o governo chinês, sendo chamada de "diplomacia da dívida".

Segundo as acusações, ao emprestar grandes valores para países em desenvolvimento, a China estaria criando uma relação de dependência e conseguindo influenciar seus devedores.

Assim, o governo chinês conseguiria garantir o envio de recursos necessários para seu avanço industrial e garantir a abertura de um novo mercado.

A acusação segue afirmando que os bancos chineses tomariam conta de infraestruturas fundamentais em troca do perdão da dívida.

 A administração Xi Jinping e os países membros da nova rota da seda afirmam que a “diplomacia da dívida” não passa de uma narrativa infundada. O que é corroborado por dados de países devedores.

Um ponto que pode gerar maiores preocupações para o governo brasileiro é a forma como países economicamente relevantes que participaram da iniciativa não tiveram grandes vantagens.

O principal caso em que isso ocorreu foi na Itália. O governo assinou um acordo em 2019 esperando melhorar suas relações comerciais com o país asiático.

O resultado foi um aumento das exportações chinesas para o país em US$25,8 bilhões; porém as exportações italianas para a China ficaram aquém da expectativa, totalizando US$3,4 bilhões. Em 2024, a primeira-ministra, Giorgia Meloni, abandonou a iniciativa.

Há a expectativa de que o Brasil avance nas negociações até o mês de novembro, quando o chefe de Estado chinês, Xi Jinping, virá ao país para a reunião do G20 no Rio de Janeiro.

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