Na última terça-feira, o deputado federal Nikolas Ferreira publicou um vídeo narrando o estado da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do dia 08 de janeiro. Segundo ele:
"A atual presidente da CPMI é amiga do Flávio Dino. Sempre que aparece uma pauta desfavorável a eles [base do governo Lula], eles ganham".
O deputado afirmou que a maioria dos deputados da CPMI são da base do governo, tendo conseguido descartar os principais pedidos de investigação da oposição na última votação.
Os primeiros nomes a serem convocados para falar sobre os atos de vandalismo são, em grande parte, aliados de Bolsonaro. A lista de testemunhas obrigadas a comparecer diante da CPMI é:
- Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;
- General Braga Netto, ex-ministro da Defesa;
- Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI;
- Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde;
- Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do DF;
- Jorge Naime, ex-comandante de Operações Polícia Militar do DF;
- Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF);
- Robson Cândido, delegado-geral da Polícia Civil do DF;
- George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza.
Posição dos parlamentares aliados de Lula
Parlamentares aliados do governo Lula comemoraram a atual situação da Comissão, afirmando que a comissão está no caminho correto:
“Essa CPMI está no caminho certo. Seu plano de trabalho aponta o caminho para que a gente possa revelar quem de fato defende a democracia, quem de fato patrocina atos antidemocráticos, quem de fato não quer a vontade popular dirigindo e conduzindo os rumos desta nação”, afirmou o Senador Rogério Carvalho (PT-SE).
Para o deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA):
“A narrativa de que o governo quer rejeitar os requerimentos da oposição não procede. Se eu entendo que a câmera interna do Itamaraty não deve ser vazada para a comissão, eu tenho direito de votar não.
Dentro do Itamaraty teve alguma coisa? Não. As imagens internas das câmeras de segurança do Itamaraty são assunto, ao meu ver, de segurança nacional, não devem ser disponibilizadas mesmo".
Posição da oposição
O deputado Marcos Feliciano, membro da oposição, afirmou que em entrevista à CNN que a CPMI foi sequestrada pelo governo:
"A CPMI é um instrumento da minoria, da oposição ao governo do momento. Infelizmente, essa CPMI foi sequestrada pela base do governo, a maioria dos membros são aliados do governo, não deveria ser assim, eles têm a maioria dos votos. Talvez seja necessário que nós criemos outra Comissão".
Alguns dos principais pedidos da oposição na CPMI são:
- investigar a viagem de Lula a Araraquara (SP) no dia dos atos de vandalismo, já que não houve menção na agenda oficial do governo. As circunstâncias podem significar que o presidente buscava um álibi que o livrasse de acusações de omissão, informou a JP News;
- investigar as imagens do Ministério da Justiça e Segurança Pública para entender se membros do governo Lula auxiliaram os atos de vandalismo;
- convocar Gonçalves Dias, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no momento dos atos de vandalismo, para explicar porque possivelmente pediu que órgãos de segurança pública não agissem contra os atos do dia 08/01;
O futuro da investigação parlamentar segue em dúvidas. Mesmo em desvantagem numérica, membros da oposição como Nikolas Ferreira e André Fernandes pretendem se organizar e mudar os rumos das investigações. A base do governo pretende seguir o plano original traçado pela CPMI, conforme diz o site do PT.



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