A Câmara dos Deputados aprovou o pedido de urgência para o projeto de lei da anistia com um placar de 311 votos a favor, 163 contra e 7 abstenções.
A urgência faz com que o texto seja encaminhado diretamente ao Plenário da Câmara, sem passar por comissões.
Isso significa que todos os deputados votarão o projeto assim que o presidente da Câmara o colocar em pauta.
Motta escolheu o deputado Paulinho da Força como o novo relator do projeto, as funções do cargo incluem:
Paulinho sinalizou que não vai defender uma anistia ampla geral e irrestrita, como pede a oposição:
“[Anistia] Ampla, geral e irrestrita é impossível. Essa discussão acho que já foi superada ontem quando Hugo teve uma reunião de mais de três horas com o pessoal do PL. Acho que vamos ter que fazer uma coisa pelo meio, que talvez não agrade nem a extrema-direita, nem a extrema-esquerda, mas que agrade a maioria da Câmara.”
Ele também disse que “não estamos falando mais de anistia”, e defendeu a proposta de redução de penas, que pode ser apoiada por setores da esquerda:
“Até não tinha concordância de outro lado, tanto que o PT e outros partidos de esquerda que votaram contra a urgência da anistia. Cabe a mim, tentar fazer esse meio de campo. Conversar com todo mundo para chegar a um texto que agrade a todos”.
Depois do parecer, o plenário vota o mérito e pode aprovar o texto como está ou alterá-lo por destaques.
Caso o projeto passe na Câmara, o projeto segue ao Senado, onde volta ao trâmite normal e precisa ser analisado por comissões.
O presidente Davi Alcolumbre já sinalizou que não deve pautar uma versão que beneficie Bolsonaro.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Otto Alencar (PSD-BA), também afirmou que não apoiará uma anistia ampla.
Os dois defendem a proposta que permita apenas uma revisão das penas contra os condenados do 8/1.
Os senadores da oposição podem tentar pressionar por um regime de urgência no Senado, para levar o processo direto ao plenário.
Após uma eventual aprovação do Senado, a proposta vai para sanção presidencial. Lula já afirmou que vetaria uma proposta de anistia.
Caso o presidente cumpra com sua palavra, o Congresso se reunirá em uma sessão conjunta com deputados e senadores para manter ou cancelar o veto.
O projeto só passará a valer se a oposição conseguir 298 votos no Congresso para derrubar a proibição de Lula.
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