João Doria pediu desculpas a Lula e a Alckmin por “exageros” contra os dois em campanhas eleitorais. O ex- governador de São Paulo afirmou em entrevista à jornalista Renata Agostini que não tem a intenção de voltar à vida pública desde que deixou a política.
“Eu fiz uma carta e mandei me referindo aos exageros, que eu de fato cometi em campanha”.
Segundo apurou o jornal O Globo, ele escreveu:
“Queria ter a chance de dizer que errei”.
A atitude vai na contramão do histórico do empresário, que chegou a comemorar a condenação de Lula em 2018. Contou ainda que esteve com o vice-presidente Geraldo Alckmin em um jantar, no qual as “mágoas do passado” ficaram de lado.
“Nós selamos a paz e o entendimento. Ele foi muito gentil e nós deixamos o passado eleitoral para trás. Nunca fomos inimigos, mas, em 2018, fomos circunstancialmente adversários eleitorais”.
Agora, descreve-se como “João Pacificador” A frase é uma referência ao seu mote de campanha de 2016, onde afirmava ser “João Trabalhador”
Um teatro das tesouras?
O novo movimento de Doria surpreende. O antagonismo dele com Lula vem do segundo mandato do presidente, em 2007. Na época, ele foi um dos fundadores do movimento “Cansei”, de oposição ao petista.
O movimento se auto intitulou “apartidário” e lotou a praça da Sé em São paulo para protestar contra o caos aéreo que tomava conta do Brasil, agravado pelo acidente do voo TAM 3054.
A aeronave não conseguiu pousar no aeroporto de Congonhas e bateu contra um prédio da mesma companhia na avenida Washington Luiz.
Um ano antes, Doria havia levantado fundos para a candidatura de Alckmin contra Lula. Esse histórico, junto ao fato de o político tucano agora ser vice do ex-oponente, exemplifica a estratégia conhecida como "O Teatro das Tesouras".
Tudo isso foi explicado em um dos primeiros documentários originais Brasil Paralelo. A produção está disponível gratuitamente no Youtube. Assista abaixo.



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