Mais de 50 cidades do Rio Grande do Norte registraram ataques incendiários e disparos de tiros desde a madrugada de terça-feira (14/03), na semana passada. Os ataques perduram há nove dias e, segundo as investigações dos agentes de segurança, são comandadas de dentro dos presídios do estado.
Dois dias após a onda de ataques, 700 homens da Força Nacional foram enviados ao Rio Grande do Norte.
As forças de segurança do RN apontam que a motivação dos ataques está associada às condições de restrição dos presídios.
Desde 2017, período em que ocorreu a rebelião no presídio de Alcaçuz, o estado passou a adotar medidas mais rígidas contra os prisioneiros.
Na internet circula um vídeo de supostos integrantes da facção responsável pelos ataques com exigências para cessar os atentados:
Os atentados se concentram principalmente na região litorânea e no agreste. Os crimes estão ligados à ação de facções criminosas da região e envolve a prisão de líderes do grupo no local.
Segundo dados da Secretaria de Segurança do RN, já foram mais de 201 ataques:
- 105 na terça;
- 7 no domingo;
- 8 na segunda;
- 8 na terça;
- 9 na madrugada desta quarta (22/03).
O governo estadual não divulga balanços dos atentados, criminosos e agentes de segurança estão entre as baixas confirmadas.
Prédios públicos, postos de combustíveis, veículos e comércios foram alvos de tiros e incêndios.
De acordo com informações divulgadas pela polícia do RN, 168 pessoas já foram presas por suspeita de participação nos ataques, 139 artefatos explosivos, 31 galões de combustível e 42 armas de fogo foram apreendidas.
O ministro da justiça Flávio Dino anunciou um repasse de R$ 100 milhões ao estado para ampliar as estruturas de segurança:
- construção de novas estruturas de investigação para a Polícia Civil;
- compra e aluguel de viaturas;
- compra de armamentos;
- encaminhamento de projetos para a construção de uma nova penitenciária;
- criação de vagas nos presídios já existentes.
No fim de semana, o ministro enviou 700 agentes da Força Nacional e afirmou enviar o dobro caso fosse necessário. Ainda segundo o ministro, o governo federal já gastou R$ 5,3 milhões para conter os ataques.
Um dos líderes dos ataques foi morto pela polícia
Na última terça-feira (21/03), um dos suspeitos de liderar os ataques foi morto em confronto com a polícia. Francisco Allison de Freitas, conhecido como “Nazista”, estava escondido na zona rural do município de Icapuí, no Ceará, a 316 de quilômetros de distância de Natal.
De acordo com a polícia, Nazista comandava os ataques no município de Mossoró e região (RN), cidade onde está localizado a Penitenciária Federal que abriga líderes de facções criminosas.
Em recente operação da Polícia Civil, foram apreendidos quase 100 litros de gasolina e munições em um dos endereços do Nazista.










.jpg)
.jpg)
.jpg)

.jpg)











