Turista alemão é espancado e morto em assalto no Recife

Dois turistas alemães viajavam num cruzeiro de férias quando o navio que os trouxe de Cabo Verde, na África, passou pelo Porto do Recife, capital de Pernambuco. Werner Duysen Gurkasch, de 81 anos, e Wolfang Werner Duysen Gurkasch, de 79, seguiam para o Rio de Janeiro e decidiram fazer um passeio pelo centro histórico do Recife, no dia 8 de dezembro, quando o transatlântico atracou na cidade.

Não sabiam que o colar de ouro usado pelo mais velho chamaria a atenção de bandidos. Nem imaginavam que uma caminhada por uma das dez cidades mais violentas do mundo poderia lhes custar a vida. 

Na abordagem, o assaltante espancou Werner Duysen Gurkasch, que caiu no chão, batendo a cabeça. Ele faleceu dia 14 de dezembro, num hospital particular da cidade, após seis dias na UTI. 

Wolfang sofreu ferimentos leves. 

A Polícia Civil identificou o caso como latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Jonas Félix de Souza, de 27 anos, confessou o crime. Foi detido na última terça-feira enquanto assaltava no pátio da Igreja Nossa Senhora do Carmo, mesmo local do crime. Há outros três suspeitos.

Levantamento feito em 2020 pela ONG Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal do México apontou o Recife como uma das 50 cidades mais perigosas do mundo. 

O ranking leva em consideração o número de homicídios a cada 100 mil habitantes.

A capital pernambucana ocupa a 37ª posição. O Brasil tem 11 cidades de sete estados na lista. 

A criminalidade no país é algo sem paralelo no mundo, segundo o procurador de Justiça Marcelo Rocha Monteiro, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). 

"Uma estatística confiável, de 2016, mapeou as 27 capitais brasileiras. Juntas, elas sofreram mais de 1,8 milhão de assaltos por ano. É possível calcular que todas as cidades do país somadas tenham tido mais de 3 milhões no mesmo ano", relatou.