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Internacional
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Trump propõe nova interpretação da Lei de Cidadania para filhos de imigrantes

Saiba como a decisão de Trump redefine quem se enquadra na lei que regulamenta o direito ao privilégio.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
22/1/2025 11:39
Carolyn Kaster/AP

Donald Trump alterou as regras para que bebês nascidos nos Estados Unidos tenham direito à cidadania americana. 

A partir de agora, apenas filhos de pais que residem legalmente no país têm direito à cidadania, excluindo aqueles nascidos de imigrantes ilegais ou de mães que viajam com o intuito de dar à luz em solo americano. 

A decisão enfrenta resistência de procuradores-gerais de 22 estados que argumentam que a medida é inconstitucional, violando a 14ª Emenda da Constituição Americana. 

O documento está sendo contestado na Justiça.

O caso foi divulgado pela mídia como uma perseguição aos filhos de todos os imigrantes, quando na verdade apenas especifica quais deles terão direito. 

Essa situação demonstra a importância de se informar em veículos isentos e comprometidos com os fatos. Pensando nisso, a Brasil Paralelo criou o Resumo BP. 

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Interpretação mais específica da lei

Segundo o decreto de Trump, para que o filho de um imigrante seja cidadão dos EUA é necessário:

  • que os pais morem legalmente no país permanentemente;
  • que os pais ou ao menos um deles sejam cidadãos dos EUA.

Além disso:

  • mães que viajavam legalmente para os Estados Unidos com o objetivo de ter um filho com cidadania americana não poderão mais conseguir esse benefício. A exceção é quando o pai da criança é cidadão dos EUA;
  • filhos de imigrantes ilegais não terão direito à cidadania.

Segundo o texto, "o privilégio da cidadania dos Estados Unidos é um presente inestimável e profundo."

A norma anterior se baseava na interpretação da 14ª Emenda da Constituição, que afirma que "todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos, e sujeitas à jurisdição dos mesmos, são cidadãos dos Estados Unidos."

O Congresso especificou isso na lei 8 USC 1401, dizendo que "uma pessoa nascida nos Estados Unidos e sujeita à jurisdição" é cidadã americana desde o nascimento.

De acordo com o novo entendimento da Casa Branca, filhos de ilegais e mães que estão de passagem no país não se enquadram na norma. 

Por isso, Trump determinou que nenhum órgão do governo deve reconhecer a cidadania americana para bebês nascidos nos EUA nessas condições. 

Famosos já usaram a regra para ter filhos americanos

O decreto põe fim a uma prática antiga de mães que iam legalmente aos EUA com o objetivo de dar a seus filhos um passaporte americano. 

Uma delas foi Karina Bachi. Em entrevista ao portal UOL em 2017, ela contou que teve Enrico em Miami para que ele tivesse o passaporte americano: 

“Eu tenho cidadania italiana e sei o quanto é positivo. Quero que meu filho tenha múltipla cidadania".
Karina Bachi teve Enrico nos EUA para o garoto ter cidadania americana. Foto: Instagram. 

De acordo com o site da Embaixada Americana no Brasil, dupla nacionalidade e cidadania múltipla são permitidas pela lei dos EUA. 

“Todos os cidadãos dos EUA são obrigados a entrar e sair dos Estados Unidos usando um passaporte americano válido. Se você tiver dúvidas sobre qual passaporte usar para entrar e sair de outro país, entre em contato com as autoridades de imigração daquele país”.

No caso de filhos de cidadãos americanos nascidos fora do país, estes podem requerer a cidadania quando completarem 18 anos. 

Na internet é possível encontrar empresas brasileiras que prometem ajudar mães que desejam ter filhos nos EUA. Um exemplo é o “Meu Bebê americano”, que se descreve como “uma empresa de assessoria completa e personalizada para a jornada de maternidade nos EUA”. 

“Oferecemos suporte em todas as etapas, desde o planejamento até após o nascimento, com todo o cuidado e conforto que você e sua família merecem”, afirma o site

Oferecem ainda ajuda para conseguir: 

  • Plano de saúde americano com redução significativa nos custos médicos;  
  • Coordenação e agendamento da primeira consulta com a equipe de obstetras em Orlando;  
  • Agendamento da primeira consulta do bebê com o pediatra após o parto;  
  • Documentação completa para o bebê.

Oposição prepara recursos

Procuradores-gerais de 22 estados entraram com uma ação na terça-feira, 21 de janeiro, para tentar bloquear o decreto de Donald Trump. 

O procurador-geral democrata de Nova Jersey, Matt Platkin, disse ontem que “os presidentes podem ter ampla autoridade, mas não são reis”.

“O presidente não pode, com um golpe de caneta, anular a 14ª Emenda, ponto final”.

O procurador-geral de Connecticut, William Tong, cidadão americano por direito e o primeiro procurador-geral eleito sino-americano (de origem chinesa) do país, disse que o processo era pessoal para ele.

“A 14ª Emenda diz o que significa, e significa o que diz — se você nasceu em solo americano, você é um americano. Ponto final. Ponto final. Não há debate legal legítimo sobre essa questão. Mas o fato de Trump estar completamente errado não o impedirá de infligir danos sérios agora mesmo a famílias americanas como a minha.”

A União Americana pelas Liberdades Civis em New Hampshire, Maine e Massachusetts, juntamente com outros defensores dos direitos dos imigrantes, também entraram com uma ação no tribunal federal de New Hampshire.

O processo pede que a ordem seja declarada inconstitucional, destacando o caso de uma mulher identificada como “Carmen”, que está grávida, mas não é cidadã. 

A petição diz que ela mora nos Estados Unidos há mais de 15 anos e tem um pedido de visto pendente que pode levar ao status permanente. Ela não tem outro status de imigração, e o pai de seu filho esperado também não tem status de imigração, diz o documento.

“Retirar das crianças o 'tesouro inestimável' da cidadania é uma lesão grave. Isso nega a elas a filiação plena à sociedade dos EUA à qual têm direito.”

Além de Nova Jersey e das duas cidades, os estados da Califórnia, Massachusetts, Colorado, Connecticut, Delaware, Havaí, Maine, Maryland, Michigan, Minnesota, Nevada, Novo México, Nova York, Carolina do Norte, Rhode Island, Vermont e Wisconsin também se juntaram à ação para barrar a o decreto. 

A decisão de Trump vai ao encontro de suas promessas de campanha, marcadas por defender o chamado “America First”. Enquanto as ações não são julgadas, a decisão está em vigor. 

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