Mensagens obtidas pela PF, mostram que ela facilitava interesses privados em troca de benefícios em obras financiadas por emendas de Motta, como a restauração da Alça Sudeste e Avenida Manoel Mota, no valor de R$ 6 milhões.
A operação, iniciada em setembro de 2024, investiga fraudes em licitações e desvios de recursos do Orçamento Secreto, apadrinhados por Motta.
A PF detalha que Eulanda, coordenadora do Núcleo de Convênios da Secretaria de Infraestrutura, repassava informações privilegiadas à Engelplan, empresa de Cesarino, favorecendo-a em contratos municipais, conforme o Estadão.
Os fios do esquema
A investigação começou após a primeira fase da Outside revelar indícios de associaçãoentre agentes públicos e empresários. Documentos da PF mostram que a obra de R$ 6 milhões, contratada em 2020 com o Ministério do Desenvolvimento Regional, teve cláusulas restritivas para direcionar a licitação à Engelplan.
O prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), pai de Hugo Motta, não é alvo direto, mas a proximidade familiar levanta suspeitas.
Eulanda acionou Paulinho, assessor de Motta em Brasília, para resolver impasses, segundo mensagens analisadas pela PF e reportadas pelo Metrópoles.
Hugo Motta, que destinou R$ 5 milhões via Orçamento Secreto, não comenta o caso, mas sua assessoria reiterou ao Estadão que ele confia nos órgãos de investigação.
A Controladoria-Geral da União (CGU) confirmou novos envolvidos após análise de documentos, intensificando a operação.