Aos 38 anos, Driscoll assume o comando da maior força militar dos EUA em um momento de desafios geopolíticos crescentes.
Veterano da Guerra do Iraque, Driscoll serviu como oficial de cavalaria na 10ª Divisão de Montanha entre 2007 e 2011. Ele também é advogado formado por Yale e foi conselheiro do vice-presidente JD Vance, com quem estudou. O presidente Donald Trump celebrou sua nomeação:
“Ele traz experiência como soldado, advogado e empresário. Um lutador destemido pelos soldados e pela agenda America First.”
Prioridades e desafios da nova gestão
Driscoll destacou três prioridades centrais em sua gestão:
- Fortalecimento das defesas contra drones, citando que a vantagem tecnológica do Exército está diminuindo. Ele defendeu a compra de soluções comerciais prontas para acelerar modernizações.
- Aumento do recrutamento, enfatizando a importância de narrativas que incentivem jovens a servir.
- Expansão do Future Soldier Prep Course, programa que ajudou o Exército a atingir a meta de 55 mil novos soldados em 2024, mas com candidatos mais velhos e apoio de cursos preparatórios.
A guerra entre Ucrânia e Rússia mostrou o papel crescente dos drones no combate, e Driscoll pretende preparar o Exército para esse novo cenário.
Apesar do apoio no Senado, alguns parlamentares questionaram a nomeação. A senadora Tammy Duckworth (D-IL) criticou sua falta de conhecimento aprofundado sobre o Exército, mencionando falhas em conversas privadas:
“Ele não demonstrou domínio sobre operações militares na África.”
Driscoll respondeu que estudou após os apontamentos e prometeu se aprofundar rapidamente.
Além disso, críticos temem que seu foco na modernização tecnológica desvie recursos de questões estruturais, como a qualidade de vida dos soldados. Também há dúvidas sobre sua capacidade de gerir um orçamento de US$ 200 bilhões, dada sua falta de experiência em liderança de alto escalão.
Um novo rumo para o Exército americano?
A confirmação de Driscoll ocorre em um momento de transformação para o Exército dos EUA. Enquanto apoiadores veem nele um líder jovem e inovador, críticos alertam para sua falta de experiência administrativa. Sua gestão será um teste para a política de defesa americana sob Trump, especialmente em temas como recrutamento, tecnologia militar e equilíbrio orçamentário.