Desde os primórdios, o ser humano sente a necessidade de transmitir sentimentos, valores e histórias através das músicas.

Na Grécia antiga, Aristóteles destacou a importância dessa arte na formação do caráter em sua obra Política.

Para o filósofo a música tinha a capacidade única de despertar emoções e preparar as pessoas para agirem de forma virtuosa:

"O ritmo e a melodia fornecem imitações da raiva e da gentileza, e também da coragem e da temperança. Além disso, conseguem evocar qualidades contrárias a essas, e são capazes de transmitir outras características de caráter que se aproximam muito das emoções genuínas. Isso é algo que podemos perceber em nossas próprias experiências: ao ouvirmos certas sonoridades, nossas almas passam por uma transformação. O fato de nos habituarmos a sentir prazer ou dor apenas por meio de representações não está distante da forma como reagimos a esses sentimentos no cenário real.”

Aristóteles defendia que as músicas deveriam ser apresentadas para os jovens desde cedo como forma de educação:

"Para mostrar que a música tem o poder de formar o caráter e, portanto, deve ser introduzida na educação dos jovens."

Até os dias de hoje, as músicas são repassadas de geração em geração desde a infância, ajudando a fortalecer as diversas culturas, identidades e tradições ao redor do mundo.

• A Brasil Paralelo investigou a importância da música para a criação de uma sociedade saudável e seu papel para a criação de caos na minissérie A Primeira Arte. Assista ao primeiro episódio abaixo:

Conheça abaixo 8 músicas brasileiras para cantar em família:

“Naquela mesa” (Nelson Gonçalves e Raphael Rabello)

A canção retrata a dor de um filho ao relembrar dos momentos cotidianos que vivia com o pai já falecido. 

A música celebra a família e mostra o sentimento de perda quando um de seus membros perde a vida.

"Aquarela do Brasil" (Ary Barroso)

A canção celebra as belezas e riquezas naturais do Brasil, levantando o orgulho nacional através de uma descrição das paisagens e símbolos brasileiros. 

A música inspira o amor pela Pátria  e pela identidade brasileira.

“Romaria” (Renato Teixeira)

A música narra a jornada de um peregrino, relatando os desafios da vida enquanto viaja à Basílica de Nossa Senhora de Aparecida. Ela inspira fé, especialmente em tempos de dificuldade.

“Abrigo de vagabundo” (Adoniran Barbosa)

A continuação de Saudosa Maloca conta como um homem conseguiu mudar sua vida através do trabalho dedicado.

Mesmo mudando suas condições, o eu lírico ainda tem em mente os amigos que deixou e suas raízes, dedicando sua casa para os desabrigados.

“O que é o que é?” (Gonzaguinha)

Em um tom alegre, a música fala sobre como a vida “é bonita”, independentemente das circunstâncias. A canção valoriza a vida através de uma perspectiva feliz e otimista.

“Asa Branca” (Luiz Gonzaga)

A tradicional canção é um retrato da cultura nordestina e mostra o amor pela terra de nascença, apesar dos problemas nela.

Além de descrever as dificuldades causadas pela seca no sertão nordestino, ela também fala sobre o sentimento de esperança.

"O Mundo é um Moinho" (Cartola)

Não se sabe ao certo para quem o eu lírico dedica a mensagem, a versão mais aceita afirma que Cartola escreveu a música para sua filha adotiva, Creusa Cartola.

O músico conseguiu retratar a angústia e preocupação dos pais sobre o futuro e as escolhas de seus filhos.

Além disso, o samba raíz também serve como um alerta de como o mundo pode ser um lugar cruel.

“Trêm das onze” (Adoniran Barbosa)

Um jovem precisa deixar sua amada para pegar o último trem rumo ao distrito de Jaçanã, em São Paulo. 

Para justificar sua pressa ele conta que é filho único e precisa cuidar de sua mãe, ensinando sobre responsabilidade e ressaltando a importância da família.

Essas canções marcaram épocas e se tornaram grandes clássicos da música brasileira, levantando mensagens positivas para toda a família.

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