Quem é Rodrigo Manga?
Rodrigo Maganhato nasceu em 31 de janeiro de 1980, filho de Weber e Zoraide Maganhato.
Casado com Sirlange Frate e pai de dois filhos, Giulia e Enrico, formou-se em Marketing pela Faculdade Uirapuru e fez carreira como empresário do ramo automotivo.
Ainda jovem, viveu um período marcado pelo uso de álcool e craque, experiência que ele mesmo relata como “o fundo do poço”.
Após sua conversão à Igreja Mundial do Poder de Deus, passou a atuar como missionário, fundando o Centro de Atenção ao Dependente Químico (CADQ), projeto voltado à recuperação de usuários de drogas e apoio às famílias.
A entrada de Manga na política aconteceu em 2012, quando foi eleito vereador de Sorocaba pelo Progressistas, com 4.778 votos.
Seu mandato ficou conhecido pelo combate às drogas e pela criação de comissões de apoio a dependentes químicos.
Em 2016, foi reeleito com a maior votação da história do município (11.471 votos) e se tornou presidente da Câmara Municipal entre 2017 e 2018.
Em 2020, lançou-se candidato à prefeitura de Sorocaba pelo Republicanos e venceu no segundo turno.
Quatro anos depois, em 2024, foi reeleito com 73,75% dos votos, consolidando-se como uma das maiores forças políticas do interior paulista.
Manga construiu uma imagem de “prefeito popular”, com forte presença nas redes sociais, onde ganhou o apelido de “prefeito tiktoker” por divulgar ações e projetos de forma carismática on-line.
Entre suas iniciativas mais divulgadas estão a instalação de carregadores públicos de celular, patinetes elétricos e guarda-chuvas comunitários.
Mas por trás da comunicação eficaz, cresceram as suspeitas de irregularidades em contratos milionários.
Rodrigo Manga, alvo da Operação Copia e Cola
Desde 2022, Rodrigo Manga é investigado pela Operação Copia e Cola, da Polícia Federal, que apura um suposto esquema de desvio de recursos públicos na área da saúde de Sorocaba.
O foco está em contratos de terceirização de unidades de pronto atendimento (UPA e UPH) que somam mais de R$100 milhões.
Em abril de 2025, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na prefeitura, na Secretaria de Saúde e na residência do prefeito, recolhendo documentos e eletrônicos.
As investigações apontam a compra de um imóvel de R$1,5 milhão com R$183 mil pagos em dinheiro vivo e transferências de R$750 mil feitas por uma igreja ligada à família de Manga.
Em novembro do mesmo ano, a Justiça determinou o afastamento do prefeito por 180 dias, na segunda fase da operação. Com isso, Fernando Neto (PSD) assumiu interinamente a prefeitura.
O inquérito segue em andamento, e o prefeito nega as acusações. Manga disse em um vídeo postado no próprio Instagram:
"Acredite se quiser, me afastaram do cargo de prefeito. Eu aqui em Brasília, ontem eu fui em frente o Palácio da Justiça, falei que tem que colocar o Exército na rua, rodei o Congresso, os deputados me receberam super bem, falando: 'Manga, cuidado, está aparecendo muito, estão tentando aí'. O que a gente ouve de bastidores é que os caras tentam tirar do jogo qualquer um que ameaça a candidatura deles e você tem sido uma ameaça, tanto na questão do Senado, como em outros cargos".
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