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Segurança pública
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Quem é Cláudio Castro? O homem por trás da luta contra o crime no Rio de Janeiro

Cláudio Castro diz viver uma segunda chance: “Deus me deu uma nova oportunidade, e eu não quero desperdiçar.”

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
10/11/2025 8:47
JP News

O Rio de Janeiro vive há décadas entre a beleza natural e os desafios da violência. É nesse cenário que se consolidou Cláudio Castro, governador reeleito que tem feito da segurança pública o eixo central de seu governo.

Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda., ele alternou temas técnicos e pessoais, da estratégia contra o crime às motivações que orientam sua gestão.

“A polícia não acorda de manhã pra matar, acorda pra proteger”, disse, defendendo o trabalho das forças de segurança.

Castro também falou sobre o acidente de carro de 2022, que considera um ponto de virada pessoal.

“Deus me deu uma nova oportunidade, e eu não quero desperdiçar.”

Desde então, ele passou a citar a experiência como símbolo de superação.

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Das canções à política

Casado e pai de dois filhos, Cláudio Bomfim de Castro e Silva nasceu em Santos (SP), mas ainda criança se mudou para o Rio de Janeiro.

Formou-se em Direito, atuou como advogado e se destacou com um talento que ainda o acompanha: evangelizar por meio da música.

Sua trajetória começou dentro da Renovação Carismática Católica (RCC), movimento que mistura fé, comunidade e ação social.

Em 2004, ingressou formalmente na vida pública como chefe de gabinete do vereador Márcio Pacheco (PSC-RJ), também músico e seu parceiro de composição.

“A música foi uma escola pra mim. Me ensinou disciplina, paciência e principalmente humildade. Aprendi a lidar com gente, com crítica, com palco e também com bastidor.”

A primeira tentativa eleitoral, em 2012, terminou sem êxito. Depois disso, Castro foi para Brasília, onde assessorou o deputado Hugo Leal (PSD-RJ) e participou da redação do projeto que endureceu a Lei Seca.

Quatro anos depois, em 2016, conquistou seu primeiro mandato como vereador do Rio. Naquele mesmo ano, assumiu a mesa diretora da Câmara Municipal. Sua vitória foi impulsionada por Carlos Bolsonaro, o mais votado daquela eleição.

“Deus usa até as coisas improváveis pra abrir caminho”, costuma dizer o governador sobre aquela época.

Da Câmara ao palácio da Guanabara em três anos

A virada veio em 2018, quando o então juiz Wilson Witzel (PSC) lançou uma candidatura ao governo do Rio. Castro, sem planos eleitorais para aquele ano, foi então convidado para ser o vice.

“Eu emprestei o nome pra completar a chapa”, contou mais tarde.

A campanha de Witzel e Castro venceu Eduardo Paes no segundo turno com 59% dos votos.

Três anos depois, após o impeachment de Witzel, Castro assumiu o comando do governo.

Ao assumir, encontrou um estado em crise: déficit de R$ 6,2 bilhões, risco de colapso no pagamento de servidores e um Regime de Recuperação Fiscal prestes a expirar.

“Assumi o Rio no pior momento possível, com pandemia, dívida e desconfiança. Mas era o que tinha que ser feito”, resumiu.

Atenção a segurança pública

Cláudio Castro colocou a segurança pública como ponto central de sua agenda.

“Não dá pra falar em desenvolvimento sem segurança. O medo paralisa tudo”, disse em entrevista.

Seu governo destinou R$4,5 bilhões à área, valor superior ao da intervenção federal no Rio em 2018.

As medidas incluíram a reforma de batalhões, compra de viaturas semiblindadas, armamentos modernos e a modernização do Centro de Comando e Controle, com drones e câmeras inteligentes.

Também criou o maior centro de treinamento policial da América Latina e elevou os salários das forças estaduais, a PM passou de uma das piores remunerações do país para o terceiro melhor nível.

As operações de enfrentamento, no entanto, geraram reações. Parte da imprensa e de setores políticos questionou o número de mortes e a estratégia adotada. Castro rebateu as críticas.

“Tem gente que chama operação de chacina. Eu chamo de cumprimento da lei.”

A Operação Contenção, voltada contra a cúpula do Comando Vermelho, marcou um dos momentos mais tensos de sua gestão.

“Violência é o poder do tráfico. O que o Estado faz é devolver a liberdade.”

Em 2022, foi reeleito no primeiro turno, com 58,6% dos votos, superando Marcelo Freixo (PSB).

Fé como missão

A dimensão espiritual é parte constante do discurso de Castro.

“Eu oro antes de decidir. Isso não é religiosidade, é consciência. Eu sei que cada decisão afeta vidas.”

Ele diz que a fé o ajuda a lidar com as pressões do cargo e a manter serenidade diante das críticas.

“Fé não é ausência de medo. É seguir em frente mesmo com medo.”

Durante o podcast, resumiu sua visão de espiritualidade na gestão:

“Fé é o mapa. Sem ela, a gente se perde.”

Acidente e a segunda chance

Em 2022, um acidente de carro quase interrompeu sua trajetória

“Eu devia ter morrido naquele dia. Quando abri o olho e vi que estava vivo, entendi que minha missão ainda não tinha acabado.”

A experiência o fez repensar o ritmo e as prioridades. “Depois daquele dia, parei de reclamar. A vida é um presente. E se eu tô aqui, é porque ainda tem algo pra fazer.”

Durante o período de recuperação, aproximou-se da família e da oração.

“A gente só entende o valor das coisas quando quase perde tudo. Hoje eu valorizo o simples: sentar com meus filhos, conversar, rir.”

Desde então, o episódio se tornou uma referência recorrente em suas declarações públicas.

“Deus me deu uma segunda chance. E eu não quero desperdiçar.”

Planos para o futuro

Questionado sobre o futuro político, Castro evita projeções nacionais.

“Meu foco é o Rio, não Brasília.”

Embora seu nome apareça entre os cotados para a eleição presidencial de 2026, ele afirma que ainda há muito a ser feito no estado.

“Eu tenho muito trabalho pra fazer aqui. O Rio ainda precisa de atenção e cuidado. Política sem resultado é vaidade.”

Nos bastidores, aliados defendem que ele amplie sua presença nacional, enquanto o governador prefere concentrar esforços na gestão.

“Tem muita gente que confunde firmeza com briga. Eu aprendi que dá pra ser firme sem ser agressivo. Dá pra ter autoridade sem perder a paz.”

Sobre o exercício do poder, ele fala que se conformou com sua vida política.

“Governar é lidar com solidão. Você dorme com a cabeça cheia, acorda com cobrança, e tem que manter o equilíbrio. Mas eu pedi essa missão, e quem pede tem que estar pronto pra carregar.”

Entre as frases que mais o definem está a que ouviu do pai.

“Caráter é o que você faz quando ninguém está olhando.”

A vida política de Cláudio Castro também foi marcada por alianças pessoais. Uma das mais duradouras é com Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Os dois se conheceram ainda jovens, quando moravam na mesma região do Rio. “Ele na Ibituruna, eu na Campos Sales”, brinca Castro. “Eu dava uns cascudos nele.”

A relação de amizade evoluiu para parceria política. Em 2016, foram colegas de chapa: Castro eleito vereador e Flávio disputando a prefeitura. Com o afastamento de Witzel, Castro buscou reaproximação com o governo federal.

“Liguei pro Flávio e disse: o Rio precisa de ajuda, e o presidente vai ter que  ajudar.”

Foi a partir dessa articulação que o Estado conseguiu prorrogar o Regime de Recuperação Fiscal e garantir auxílio federal para estabilizar as contas.

Música e popularidade

Além da política, Castro nunca abandonou a música. Gravou dois álbuns: Em Nome do Pai (2011) e Dia de Celebração (2015).

No Spotify, seus números são discretos, cerca de 600 ouvintes mensais. Mas no Instagram, a história é outra: mais de 2 milhões de seguidores, um crescimento triplo desde as operações de segurança mais recentes.

“A música é o que me lembra quem eu sou. Antes de ser político, eu sou alguém que acredita.”

O contraste entre o músico e o governador reflete o próprio estado que ele administra, marcado por contrastes e crises sucessivas. Castro costuma associar essa dualidade ao espírito carioca.

“O Rio já passou por muita coisa: crise, descrédito, violência. Mas o carioca não desiste. Ele cai e levanta. Eu me vejo nisso também.”

Na entrevista e na trajetória, transparece a tentativa de equilibrar firmeza e sensibilidade.

“A gente não tá aqui pra ser servido, tá pra servir. O problema é que muita gente esquece isso.”

O discurso combina enfrentamento ao crime e valores morais, duas frentes que definem sua gestão.

O cargo passa. A missão, não.”

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