Diante da alta nos preços, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou: "Se está caro, não compre", gerando reações entre consumidores e economistas. Para muitos, a declaração ignora o impacto do aumento nos custos para famílias de baixa renda e pequenos comerciantes.
Parece, mas não é
O "cafakes" ou "produto sabor café" são casos extremos de uma tendência que se fortalece em momentos de aceleração da inflação de alimentos como o atual: a proliferação dos produtos que parecem, mas não são.
Comparativo de preços do café nos últimos anos, segundo reportagem do Globo Rural:
- 2022: Em fevereiro de 2022, o preço médio da saca de 60 kg do café arábica foi de R$ 1.670,00.
- 2023: A safra de 2023 foi estimada em 54,2 milhões de sacas de 60 kg, uma redução de 1,6% em relação a 2022. Essa diminuição na oferta contribuiu para a elevação dos preços ao consumidor.
- 2024: O preço do café ao consumidor subiu 46% em 2024, tornando-se comparável ao azeite em termos de impacto no orçamento das famílias.
- Janeiro de 2025: A saca de 60 kg do café arábica atingiu R$2.301,60, o maior valor desde o início da série histórica do Cepea em 1997.
Discussão sobre fiscalização e transparência na cadeia do café.
O aumento dos preços e a descoberta dessas irregularidades levantam debates sobre a necessidade de maior transparência na cadeia produtiva do café.
O setor demanda uma regulação mais eficaz para coibir fraudes e garantir a autenticidade dos produtos.
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