O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, defendeu publicamente a exclusão de Israel de competições e eventos internacionais.
A declaração contundente ocorreu em Madri entre os dias 19 e 20 de maio. Sánchez citou a guerra em Gaza como justificativa central e também fez uma comparação direta com as sanções impostas à Rússia.
Durante a apresentação de um relatório sobre os setores culturais na Espanha, Pedro Sánchez argumentou contra o que chamou de "dois pesos e duas medidas". Ele lembrou a exclusão da Rússia de diversos eventos internacionais. Essa medida foi tomada após a invasão da Ucrânia em 2022.
"Ninguém se escandalizou quando a Rússia foi afastada [de competições]. Israel também deveria ser”, afirmou o premiê espanhol.
“Não podemos aceitar dois pesos e duas medidas, nem na cultura”, concluiu. Sánchez reforçou que a cultura deve ser uma ferramenta para defender a democracia e exigir o fim dos conflitos.
O festival Eurovision da Canção foi um dos eventos especificamente citados por Sánchez. A participação de Israel na edição de 2024 (e a possibilidade de participação em 2025) gerou intensos debates e protestos.
A televisão pública espanhola, RTVE, chegou a exibir mensagens de apoio à Palestina durante a transmissão do festival. O governo de Pedro Sánchez tem sido um dos mais críticos na Europa em relação às ações de Israel na Faixa de Gaza.
Recentemente, o premiê chegou a se referir a Israel como um "Estado genocida" no Congresso espanhol. A Espanha, junto com Irlanda e Noruega, também reconheceu formalmente o Estado da Palestina.
A União Europeia de Radiodifusão (EBU), que organiza o Eurovision, havia se posicionado anteriormente. Afirmou não ver motivos para a exclusão de Israel do festival.
O governo de Israel, por sua vez, reagiu fortemente às críticas e ações da Espanha. O Ministério das Relações Exteriores israelense declarou que Madri estaria "do lado errado da história".
O apelo de Sánchez agora adiciona mais pressão sobre as instituições internacionais e outros governos europeus. Até o fechamento desta nota, não houve um pronunciamento público específico do chanceler alemão, Olaf Scholz, em resposta direta a esta última fala de Pedro Sánchez.
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