O deus do trovão Thor gordo e preguiçoso, o Hulk calmo que faz yoga, a fada madrinha da nova Cinderela que é um homem de vestido, a nova Branca de Neve com seus companheiros que não são anões, o Super Homem e o Agente 007 que ganharam as versões femininas.
Os grandes filmes do cinema norte-americano estão mudando os símbolos do passado. Histórias e heróis consagrados estão constantemente sendo readaptados e apresentados com novas mensagens e valores.
A lista continua e não faltam exemplos. Recentemente, a Capitã Marvel, uma heroína com menos destaque que os grandes protagonistas do universo Marvel, foi apresentada como a pessoa mais capaz de salvar o universo nos cinemas.
Outro exemplo que causou choque foi um dos principais heróis do cinema nos anos 70, Luke Skywalker, jogando seu sabre de luz fora.
Uma interpretação possível vai além da campanha em prol da diversidade. Um espectador com mais bagagem no universo cinematográfico pode ter a sensação de que as coisas não estão apenas mudando no cinema, mas sim sendo destruídas.
Existe uma teoria que aponta que o progressismo não quer criar novos personagens. Porque, caso eles sejam criados, não terão o mesmo impacto.
O melhor caminho é transformar os personagens e as histórias já consagradas para transmitir novas mensagens.
Os personagens são “os mesmos”, mas agora são usados para carregar novas mensagens, algumas podendo até contrariar o histórico dos próprios personagens.
Na natureza, o parasita não cria nada, apenas substitui. Por isso o parasita pós-moderno toma personagens e histórias consagradas como hospedeiros e usa deles para transmitir mensagens ideológicas.
Essa teoria foi criada pelo teórico canadense Jonathan Pageau. Em entrevista à Brasil Paralelo para o documentário A Sétima Arte, Pageau afirmou:
“A ideia de um parasita é um conceito muito enraizado na teoria pós-modernista. Há alguns pensadores, como Jacques Derrida, que viam seu trabalho como parasítico.”
Derrida é um filósofo dos anos 60, famoso por defender o processo de reconstrução, uma espécie de reinterpretação do passado na escrita e em outras esferas culturais.
Na produção A Sétima Arte da Brasil Paralelo, a teoria do parasita pós-moderno é explicada em detalhes. Confira um trecho de A Sétima Arte que aborda a teoria:
Desde a Segunda Guerra Mundial o cinema é utilizado como arma ideológica. O parasita pós-moderno é uma tese inédita que analisa a realidade dos filmes atuais e como o cinema vem tomando rumos progressistas.
O último século restabeleceu a relação do homem com a arte. O cinema surgiu como a mais presente e disseminada forma de entreter, inspirar e educar informalmente as pessoas. Com o aumento do consumo de filmes e séries, será que estamos cientes do impacto da Sétima Arte em nossas vidas?
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