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Internacional
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Brasileiros se afastam da esquerda à medida que envelhecem, diz estudo

Novo estudo revela que desilusão, cansaço e pragmatismo explicam a migração de jovens da esquerda para o centro — e, em menor grau, para a direita.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
28/7/2025 20:27
Medium/StockPhoto

À medida que envelhecem, os brasileiros demonstram menor identificação com pautas de esquerda. O dado faz parte de um levantamento da consultoria AP Exata, encomendado pela Fundação Astrojildo Pereira, que analisou o comportamento político de jovens entre 16 e 30 anos em redes sociais. 

Apoio à esquerda é mais forte entre adolescentes de 16 a 18 anos

Na faixa dos 16 a 18 anos, 44,5% dos jovens apresentam traços de afinidade com pautas associadas à esquerda — como diversidade, justiça social e meio ambiente. No entanto, esse engajamento tende a ser simbólico e emocional, moldado por conteúdos da cultura pop, ativismo visual nas redes e identificação com influenciadores.
Nessa etapa, plataformas como TikTok e Discord funcionam como espaços de socialização e engajamento afetivo, onde a política se manifesta mais em memes e trends do que em militância tradicional.

Engajamento à esquerda começa a cair entre jovens a partir dos 19 anos

Esse cenário muda a partir dos 19 anos. Na fase universitária ou de entrada no mercado de trabalho, os jovens enfrentam frustrações com instituições e passam a demonstrar crescente ceticismo. A esquerda ainda lidera (33,7%), mas já perde terreno para a direita (21,8%) e o centro (17,6%). Os discursos de meritocracia, ordem e valores familiares começam a atrair jovens insatisfeitos com o que consideram “exageros progressistas”, enquanto o centro surge como refúgio para os que rejeitam a polarização.

Na faixa dos 25 a 30 anos, a tendência se inverte: apenas 18,9% ainda se conectam com ideias da esquerda. O centro lidera com 27,4%, seguido de perto pelo ceticismo (25,2%). A direita se mantém relativamente estável, com 17,6%. A mudança se explica por um desgaste emocional e político acumulado ao longo da juventude. De acordo com o estudo, esse grupo chega à vida adulta com um “acúmulo de frustrações, responsabilidades e traumas sociais” que tornam o engajamento político mais seletivo e desconfiado.

Depois dos 25, ideia de mudar o mundo dá lugar ao desejo de superar as dificuldades do dia a dia

A mudança de prioridades também muda de acordo com este movimento. 

  • Aos 16, os temas mais citados são estudos e futuro (32,5%). 
  • Já aos 25, política e trabalho assumem o centro das preocupações. O engajamento ideológico dá lugar ao pragmatismo: estabilidade financeira, rotinas básicas e sobrevivência passam a ser conquistas significativas. A ideia de “mudar o mundo” é substituída por um desejo de encontrar sentido diante das dificuldades cotidianas.

A pesquisa conclui que os jovens não abandonam a política, mas mudam sua forma de se relacionar com ela.
A esquerda perde espaço quando não consegue dialogar com a realidade concreta da vida adulta. A desilusão cresce quando promessas não se cumprem, e o discurso emocional perde força diante da precariedade do trabalho, da crise institucional e da ausência de perspectivas. Nesse cenário, a política só faz sentido quando se conecta às dores reais — sem promessas fáceis.

“A política precisa ser realista, coerente e prática”, afirma o relatório. “A conexão ideológica se dilui, e o jovem adulto se torna menos apegado à polarização”.

Em resumo, os dados indicam que a juventude brasileira não segue um caminho único, mas percorre uma trajetória marcada por transformação emocional e desilusão institucional. 

De acordo com o estudo, a esquerda segue com grande adesão, especialmente entre os mais jovens, mas precisa entender que o tempo da militância muda. Ou ouve, ou perde espaço.

A pesquisa analisou cerca de 500 mil publicações em redes sociais feitas por pessoas entre 16 e 30 anos ao longo de 12 meses e revela que o engajamento à esquerda, dominante na adolescência, dá lugar ao ceticismo e ao pragmatismo com o avanço da idade.

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