A perda de Jessé após complicações de uma apendicite
A história de Jessé tomou um rumo inesperado a partir de 29 de janeiro. A criança começou a sentir uma forte dor abdominal, o que levou a família a procurar um hospital. Ele foi inicialmente diagnosticado com virose e mandado para casa, mas retornou dois dias depois com dores ainda mais fortes. Apesar de ter recebido antibióticos, seu estado se agravou rapidamente, levando a uma internação de emergência na UTI.
Ali, enfrentou duas paradas cardíacas: uma de 12 minutos e outra de 4 minutos, até que os médicos identificassem a verdadeira causa das dores: apendicite aguda. Após uma cirurgia e 17 dias de internação, apesar de algumas melhoras, exames confirmaram o pior cenário: morte cerebral.
A decisão pela doação de órgãos
Apesar da dor da perda, os pais escolheram doar os órgãos da criança:
“Dói demais saber que ele não está mais aqui, mas conhecer a fé dele em Deus me deu certeza de que essa era a decisão correta. Trouxe cura ao meu luto saber que meu filho ajudou outras crianças”, afirmou Deize.
O pai, Fabiano, afirmou que saber que o filho colaborou para salvar a vida de outra criança lhe trouxe algum conforto:
“Foi uma mistura de dor com compaixão saber que meu filho poderia ser um herói. O sonho dele era ser um super-herói, e isso me trouxe um pouco de conforto”.
“Deus cuidou de todos”, disse mãe de criança falecida
As duas famílias se encontraram pelas redes sociais. O encontro só aconteceu agora, um ano após o transplante, para que todos estivessem emocionalmente preparados.
“Não queríamos assustar o Davi, pois ele ainda é muito pequeno. Mas hoje estamos mais calmos e prontos para esse momento”, explicou a mãe de Jessé.
A repercussão do vídeo surpreendeu a família. Segundo a mãe de Jessé, o objetivo ao gravar o vídeo era incentivar a doação de órgãos e revelar o cuidado de Deus ao longo de todo o processo:
“Espero que as pessoas abram o coração e reflitam sobre a importância da doação. É um sofrimento absurdo perder um filho, mas saber que ele proporcionou novas oportunidades a outras crianças aquece o coração.”
A luta de Davi pela vida
Conhecido como @davicoracaoguerreiro, o pequeno Davi passou mais da metade da sua vida internado. Aos dois anos, ele precisou de um novo coração para conseguir sobreviver.
Tatiana Cristina dos Santos Costa D’Artibale, a mãe de Davi agradeceu à família de Jessé:
“Mesmo sofrendo, eles tiveram um ato indescritível de compaixão, altruísmo e amor. Seremos eternamente gratos.”
Ela se recorda da emoção quando ele recebeu o órgão:
“Foi uma alegria indescritível. Ele internou muito novinho e só saiu do hospital com três anos. Quando chegou em casa, nem sabia o que fazer. Ele pulava com os irmãos e dava risada.”
O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros
Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa.
Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos.
Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo.
Clique aqui.