O conceito de pecado capital não tem só sentido religioso. O professor de filosofia medieval Sidney Silveira explica que ele está ligado também a problemas morais que atingem o dia a dia das pessoas e da sociedade.
Mesmo que alguém não acredite no conceito de pecado, os comportamentos associados a ele interferiram diretamente em sua vida. Mas antes de entender isso, é importante explicar exatamente o que são esses comportamentos
O termo tem sua origem na palavra latina "pecatus", que significa delito, falha grave e tropeço existencial.
Os Pecados Capitais são considerados as raízes de todos os outros pecados. Não se tratam de simples erros, mas de comportamentos que podem causar danos profundos.
Silveira os compara com “generais”, que lideram uma série de outros pecados.
São eles:
- Soberba;
- Avareza;
- Luxúria;
- Inveja;
- Ira;
- Gula;
- Preguiça;
O professor explica que as más condutas causadas pelos pecados tem início na soberba, que é um excesso de valorização de si mesmo e de seu próprio ego.
“A pessoa se eleva acima da sua própria natureza elevar-se acima da própria natureza”, pondera Silveira em entrevista ao podcast Conversa Paralela.
Para ele, a forma como o ser humano se relaciona em sociedade pode ficar deturpada, gerando outros comportamentos.
A incapacidade de tomar decisões
Silveira explica que duas das consequências da soberba são a luxúria e a gula. A primeira é frequentemente associada somente à sexualidade, enquanto a segunda é atribuída a quem come demais.
No entanto, as atitudes decorrentes delas podem gerar comportamentos como desespero em relação ao futuro e incapacidade de perceber a diferença entre o bem e o mal.
Segundo o professor de filosofia do direito, Henrique Lima, “o luxurioso e o guloso se emburrecem com a reiteração do pecado”. Com isso, “as pessoas se tornam insensíveis à percepção natural do certo e do errado."
Para Silveira,“essas nódoas mentais podem estragar a nossa vida e a de todos que têm contato conosco”.



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