O tempo de tela não é o maior vilão da saúde mental infantil. O grande problema é o uso viciante de celulares, videogames e redes sociais, revela o novo estudo publicado no jornal JAMA Psychiatry.
Enquanto muitos especialistas e legisladores vêm se preocupando com quantas horas os jovens passam em frente às telas, o que realmente importa é como eles usam essas ferramentas e o quanto dependem delas.
Segundo a pesquisa, adolescentes com comportamento compulsivo no uso de tecnologia correm mais risco de desenvolver problemas graves.
Sentir angústia longe do celular ou não conseguir sair das redes sociais pode triplicar as chances de ideação suicida ou automutilação.
Quando o celular vira vício
O pesquisador Yunyu Xiao, da Weill Cornell Medical College, explicou:
“Este é o primeiro estudo a mostrar que o problema não é o tempo, mas o uso viciante. Isso é o que está na raiz dos comportamentos de risco”.
Segundo o estudo, quase metade das crianças já apresentava comportamento viciante com celular aos 11 anos.
- Outros 25% começaram com baixo nível de dependência, mas tiveram aumento acentuado até os 14.
- Aos 14 anos, quase 18% apresentavam pensamentos suicidas, e 5% chegaram a planejar ou tentar suicídio.
O estudo conclui que não basta controlar o tempo. É preciso observar o padrão de uso e agir cedo.
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