Hoje, membros do Hezbollah trocaram seus pagers por walkie-talkies que também explodiram deixando mais de 100 feridos.
Segundo o professor Sandro Moita, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), a operação foi uma humilhação pública para o Hezbollah e deve gerar uma onda de pequenas retaliações do grupo terrorista a Israel.
Já o professor de política internacional, Heni Ozi Cukier, caracterizou o ataque como uma das maiores ações de inteligência do mundo.
Qual será a reação do Hezbollah?
Analistas concordam que a organização terrorista foi pega de surpresa com aparelhos considerados seguros explodindo nos bolsos de seus membros.
O diretor do Institute for Global Studies (IGS), afirmou acreditar na possibilidade de um ataque do Hezbollah a Israel como resposta:
“É uma das mais sérias violações do protocolo de segurança do Hezbollah na história e acredito que o objetivo desta operação é pressionar o adversário – como aconteceu em 31 de julho com o assassinato do chefe do escritório político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã – a fazer movimentos que possam justificar e legitimar uma nova reação israelense”
O professor Heni Ozi Cukier, também pontuou em sua análise que acredita em uma reação enérgica do Hezbollah:
“Se o Hezbollah não declarar guerra e retaliar de forma muito pesada, não sei mais ou não existe nenhuma situação mais iminente do que essa. O que significa dizer que nós estamos na iminência de uma guerra entre Hezbollah e Israel.”
Quais as consequências de uma guerra entre Hezbollah e Israel?
O Hezbollah é considerado o grupo terrorista de maior aliança com o Irã, uma potência militar inimiga de Israel. O Embaixador iraniano no Líbano, era uma das pessoas que carregavam um pager e se feriu na operação.
Um envolvimento direto do Irã escala o conflito, já que passaria a ser o embate direto entre duas das maiores potências da região que mantém estreita relação com China, Rússia e Estados Unidos.