Lula foi o primeiro chefe de Estado a discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas.
Durante seu discurso, Lula abordou questões internacionais e temas da política nacional, como:
- tarifas americanas;
- prisão de Bolsonaro;
- regulamentação das redes sociais;
- imposto para grandes fortunas; e
- conflitos internacionais.
Lula criticou as tarifas de Trump
Ele começou criticando as sanções americanas contra o Brasil, dizendo que não há justificativa para as sançõe simpostas pro Trump:
“Não há justificativa para as medidas unilaterais e arbitrárias contra nossas instituições e nossa economia. A agressão contra a independência do poder judiciário é inaceitável.”
Sem citar nomes, o presidente acusou seus adversários políticos de agirem contra o Brasil e defenderem as ações americanas:
“Essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de um extrema direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias, falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil.”
Anistia e prisão de Bolsonaro também foram alvos do discurso
Lula seguiu falando contra a anistia e comemorando a prisão de Bolsonaro como uma vitória histórica:
“Não há pacificação com impunidade. Há poucos dias e pela primeira vez em 525 anos de história, um ex-chefe de estado foi condenado por atentar contra o Estado democratioco de direito”.
Ao longo do discurso seguiu afirmando que Bolsonaro “teve amplo direito de defesa”, apesar dos advogados do ex-presidente afirmarem que não tiveram tempo de analisar as provas.
Entenda como foi o processo que levou ao julgamento de Bolsonaro com o especial da Brasil Paralelo. Assista completo abaixo:
Lula também afirmou que a condenação do ex-presidente foi um exemplo para o mundo:
“Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos autocratas e a todos os que os apoiam.”
Presidente defendeu regulamentação das redes sociais
Lula voltou a falar sobre a regulamentação das redes sociais. Ele começou falando que o nível de democracia pode ser medido pela capacidade do país em “defender as famílias e a infância”.
O presidente continuou dizendo que as redes sociais conseguiram conectar as pessoas, porém são usadas de maneira errada:
“As plataformas digitais trazem a possibilidade de nos aproximar como jamais havíamos imaginado, mas têm sido usadas para propagar intolerância, misoginia, xenofobia e desinformação.”
O discurso continuou com a defesa de que regulamentar as redes sociais não é reduzir a liberdade de expressão, mas punir crimes:
“A internet não pode ser terra sem lei, caberá ao poder público proteger os mais vulneráveis. Regular não é restringir a liberdade de expressão, é garantir que o que é ilegal no mundo real seja tratado assim também no ambiente virtual.”
As vozes que se opõe à regulamentação defendida por seu governo seriam incentivadas por organizações envolvidas com crimes graves:
“Ataques à regulamentação servem para encobrir interesses escusos e dar guarida para crimes como fraude, tráfico de pessoas, pedofilia e investidas contra a democracia.”
A oposição acusa o governo de usar o discurso de regulamentação das redes para cercear discursos contrários ao governo nos meios digitais.
Lula pediu taxação de grandes fortunas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a criação de regras globais para que os super-ricos paguem mais impostos. A declaração aconteceu durante o discurso na 80º Assembléia Geral das Nações Unidas.
“A comunidade internacional precisa rever suas prioridades e definir padrões mínimos de tributação global para que os super-ricos paguem mais impostos que os trabalhadores”, afirmou Lula.
Na declaração, o presidente disse que a única guerra em que “todos podem sair vencedores” é a luta contra a fome e a pobreza.
Ele pediu menos gastos com conflitos armados e mais ajuda ao desenvolvimento, além do alívio da dívida externa dos países pobres, especialmente os africanos.
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Conflitos internacionais
Guerra da Ucrânia
Lula afirmou que não há solução militar para a guerra e destacou a importância de uma saída diplomática para o conflito:
“No conflito na Ucrânia, todos já sabemos que não haverá solução militar. O recente encontro no Alaska despertou a esperança de uma saída negociada. É preciso pavimentar caminhos para uma solução realista. Isso implica levar em conta as legítimas preocupações de segurança de todas as partes.”
O presidente também elogiou iniciativas chinesas e africanas para tentar acabar com a guerra:
“A Iniciativa Africana e o Grupo de Amigos da Paz, criado por China e Brasil, podem contribuir para promover o diálogo.”
Guerra na Palestina
Lula também comentou sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Ele começou criticando o atentado de 7 de outubro de 2023 e acusando Israel de genocídio:
“Os atentados terroristas perpetrados pelo Hamas são indefensáveis sob qualquer ângulo. Mas nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza.”
- Entenda o que está acontecendo em Gaza para além das narrativas ocidentais com o filme From the River to the Sea. Assista completo abaixo:
O presidente disse que os apoiadores de israel são responsáveis pelo conflito e falou em desrespeito generalizado dos direitos humanos:
“Ali também estão sepultados o Direito Internacional Humanitário e o mito da superioridade ética do Ocidente. Esse massacre não aconteceria sem a cumplicidade dos que poderiam evitá-lo. Em Gaza a fome é usada como arma de guerra e o deslocamento forçado de populações é praticado impunemente.”
Ele seguiu agradecendo aos judeus que se manifestam contra o conflito e defendeu a criação de um Estado palestino:
“Expresso minha admiração aos judeus que, dentro e fora de Israel, se opõem a essa punição coletiva. O povo palestino corre o risco de desaparecer. Só sobreviverá com um Estado independente e integrado à comunidade internacional.”



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