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Atualidades
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O que a Igreja diz sobre apostas no conclave?

O veto visava preservar a seriedade do conclave e impunha a pena de excomunhão para quem apostasse. Saiba a atual posição da Igreja.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
28/4/2025 19:14
Foto: AFP

Se hoje as bets movimentam bilhões e viraram mania entre fãs de esportes, no passado elas também alcançaram eventos da Igreja  e chegaram a ser proibidas pelo papa.

As apostas, hoje comuns em esportes e até em eventos políticos, têm raízes muito mais antigas. O hábito de arriscar dinheiro em previsões mobilizou populações inteiras ao longo da história e chegou até mesmo ao Vaticano.

Durante séculos, não eram apenas corridas de cavalos ou resultados de jogos que alimentavam a expectativa dos apostadores, mas também a eleição de um novo papa.

Segundo o historiador Frederic J. Baumgartner, autor de Behind Locked Doors: A History of the Papal Elections, existem registros de apostas em conclaves desde 1503, embora a prática provavelmente seja ainda mais antiga.

Não se apostava apenas no nome do futuro pontífice, mas também na duração do conclave, na expectativa de novos cardeais e até no tempo de vida de um papa já eleito.

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A prática se tornou tão difundida que o papa Gregório XIV precisou intervir

Em 1591, o papa proibiu oficialmente as apostas nos Estados Pontifícios e impôs como pena a excomunhão a qualquer católico que apostasse nos resultados de um conclave, na duração de um pontificado ou na criação de novos cardeais.

  • Os Estados Pontifícios eram os territórios governados diretamente pela Igreja até o século XIX.

A decisão buscava proteger a seriedade do processo de eleição papal. Conclaves eram e continuam sendo, momentos de profundo recolhimento espiritual, nos quais os cardeais buscam discernir o melhor nome para guiar a Igreja.

Apesar da proibição, as apostas continuaram a acontecer, inclusive em larga escala. O tema foi alvo de reportagens internacionais.

A bula de Gregório XIV, no entanto, foi revogada em 1917, com a promulgação de um novo Código de Direito Canônico, que substituiu diversas normas anteriores.

Desde então, nem o Código de 1917 nem o de 1983 fazem menção a apostas em conclaves. A advertência moral permanece, mas sob outra forma.

De acordo com o Catecismo da Igreja Católica:

"2413. Os jogos de azar (jogo de cartas, etc.) e as apostas não são, em si mesmos, contrários à justiça. Mas tornam-se moralmente inaceitáveis, quando privam a pessoa do que lhe é necessário para as suas necessidades e as de outrem. A paixão do jogo pode tornar-se uma grave servidão. Apostar injustamente ou trapacear nos jogos constitui matéria grave, a menos que o prejuízo causado seja tão leve que quem o sofre não possa razoavelmente considerá-lo significativo."

A orientação orienta que o problema não é a aposta em si, mas a desordem que ela pode causar na vida pessoal e na justiça social.

Hoje, ainda que as apostas sobre conclaves tenham perdido força diante de normas mais sólidas de sigilo e clausura, o interesse popular continua.

Em tempos de sede vacante, listas de “favoritos” circulam, alimentadas por análises e projeções, mas sem o envolvimento direto da Igreja.

De acordo com o papa Bento XVI: “Existem exemplos demais de papas que evidentemente o Espírito Santo não teria escolhido"

Especial papado: 

No Especial Papado, o professor Raphael Tonon apresenta a trajetória e o legado do Papa Francisco. Além disso, o historiador percorre a história do papado desde São Pedro até os dias atuais

Assista o primeiro episódio, Vida e obra do Papa Francisco:

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