Filho de um construtor imobiliário, Dominguez viu seu mundo ruir na virada dos anos 1970, quando seu pai morreu de câncer e ele foi enganado por banqueiros em Miami.
Sem os recursos para completar um projeto no Haiti, aprendeu a voar para transportar maconha e logo se viu envolvido com ameaças e um salto para o tráfico de cocaína, negócio que o fez ganhar US$ 1 milhão no primeiro voo, em uma época em que o dólar tinha um poder de compra muito maior do que o atual.
No início dos anos 1980, TJ já era um nome conhecido nos corredores subterrâneos do narcotráfico. Com habilidade nas manobras e destreza em escapar dos radares, chamou atenção de diversos cartéis.
Devido a essa fama, ele recebeu um convite de Pablo Escobar, um dos mais perigosos e ricos narcotraficantes da época. Por já faturar cerca de US$ 4 milhões mensais com outra organização, ele recusou o convite.
Cinco milhões de dólares por voo. Quatro por mês. US$ 20 milhões mensais. Dinheiro vivo, sem perguntas. O aumento do pagamento de forma tão acentuada, fez TJ aceitar e passar a trabalhar com Escobar. A partir desse momento, ele se enriqueceu muito.
O luxo era proporcional ao risco. Em pouco tempo, TJ acumulou 30 Lamborghinis, “uma para cada look diário”, aviões próprios, uma frota de barcos, mansão com pista de pouso e uma empresa de telefonia.
Durante o dia, posava de empresário de sucesso em Miami. À noite, comandava uma rede de transporte aéreo do maior cartel do mundo.
Com o tempo, os pagamentos passaram a ser feitos em droga pura. TJ decidiu então expandir: vendia, lavava, reinvestia e coordenava sozinho o que se tornou um império paralelo ao de Escobar. “Fiz o que nenhum outro contrabandista havia feito.”
Em 1988, uma operação federal confiscou sua frota de luxo e o prendeu. Em 1991, foi condenado por tráfico e lavagem de dinheiro. Passou 13 anos na prisão, dois deles em solitária, após planejar uma fuga de helicóptero.
Pablo Escobar foi um dos maiores traficantes do mundo que, junto a outros criminosos como TJ, foi responsável por transformar a Colômbia em um país controlado pelos cartéis. Esse domínio chegou ao ponto de fazer a política do país ser influenciada pelos criminosos.
O Brasil vive um problema parecido. Facções criminosas como o PCC e o Comando Vermelho, exercem influência no dia a dia das pessoas. Com uma quantidade enorme de dinheiro advinda do tráfico de drogas, eles expandem o próprio poder controlando regiões e chegando até a financiar infiltração no Estado.
A Brasil Paralelo já investigou o impacto do crime do Brasil em dois documentários: Rio de Janeiro - Paraíso em Chamas e Entre Lobos.
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