“O movimento que meu marido construiu não morrerá”, afirma Erika Kirk em discurso emocionado

Na sexta-feira, 12 de setembro de 2025, Erika Kirk fez sua primeira declaração pública após o assassinato do marido, o ativista conservador Charlie Kirk, baleado no pescoço durante um evento na Universidade Utah Valley, em Orem (Utah), no dia 10. 

Falando do estúdio onde Charlie gravava seu programa, Erika afirmou que se dedicará a manter vivo o legado do marido:
“Ninguém jamais esquecerá o nome dele. Farei questão disso. Ele se tornará mais forte, mais ousado e maior do que nunca. A missão do meu marido não terminará nem por um momento.”

Diante de mais de meio milhão de pessoas, o discurso combinou luto e mobilização. Erika previu expansão do trabalho iniciado por Charlie:

“Se achavam que a missão do meu marido era poderosa antes, vocês não têm ideia do que desencadearam. Os gritos desta viúva ecoarão como um grito de guerra.”‍

Por fim, garantiu que a TPUSA manterá sua agenda de eventos — incluindo o America Fest, em dezembro — e a produção diária do programa.

Viúva relembrou a amizade de Kirk com o presidente Trump

Ela iniciou fazendo agradecimentos, inclusive ao ex-presidente, Donald Trump, de quem recordou a amizade próxima com o marido: “Senhor presidente, meu marido o amava. E ele sabia que você também o amava.” Em seguida, mencionou o vice-presidente J.D. Vance, pelo apoio no translado do corpo. Também citou o COO da Turning Point USA, Justin Strife, e o chefe de gabinete Mikey McCoy, além das forças policiais e primeiros socorristas que atuaram após o atentado.

O discurso reafirmou a fé a da família Kirk

Durante o pronunciamento, Erika ressaltou que a fé cristã era o alicerce da vida do marido. Lembrou que Charlie dizia querer ser lembrado por sua coragem e fé e que, pouco antes de morrer, chegou a testemunhar sobre sua crença em Jesus Cristo. Segundo ela, essa convicção dava sentido à sua trajetória pessoal e pública e permanece como a base da mensagem que ele transmitia aos jovens que acompanhavam o Turning Point USA.

Viúva disse que Kirk sempre se preocupava em como ser um pai ou um marido melhor

A viúva dedicou boa parte da fala a reconstituir o que considerava o centro da vida de Charlie: fé cristã, família e amor ao país. Citou um de seus versículos preferidos — Efésios 5:25 — para ilustrar o ideal de marido e pai que ele perseguia e, segundo ela, praticava no cotidiano. “Todos os dias ele me perguntava: como posso ser um melhor marido? Como posso ser um melhor pai?”

Também lembrou paixões pessoais do marido, como sua torcida pelos Chicago Cubs e, sobretudo, pelos Oregon Ducks, equipe universitária de futebol americano: “Ele gostaria que eu dissesse: vai, Ducks”, disse, comovida.

Caso decidisse concorrer a um cargo público, ativista tinha sonho de resgatar a família americana

Para Erika, o incentivo de Charlie à formação de famílias era central. Ele dizia a jovens que buscassem seus futuros cônjuges e construíssem lares sólidos, pois via o casamento como parte do plano de Deus: “uma forma de trazer o céu para esta terra.”

Segundo ela, se algum dia concorresse a um cargo público, Charlie teria como prioridade o resgate da família americana. Para Kirk, essa era a verdadeira forma de encontrar a felicidade. 

O que se sabe sobre o atentado

Charlie, de 31 anos, foi atingido por um disparo no pescoço enquanto respondia perguntas em um evento da turnê American Comeback Tour. Diante de milhares de estudantes, caiu gravemente ferido e foi levado a um hospital regional, mas não resistiu.

As autoridades locais, estaduais e federais investigam o caso, com apoio do FBI. O principal suspeito, Tyler Robinson, de 22 anos, foi detido no mesmo dia do discurso de Erika. Críticas surgiram quanto à segurança do evento: havia poucos policiais, sem barreiras rígidas ou detectores de metal, segundo testemunhas.

Além disso, acredita-se que o suspeito de ter cometido o crime fosse um extremista, que odiasse o trabalho de Kirk. 

O assassinato teve repercussão imediata. Donald Trump chamou Kirk de “mártir da verdade e da liberdade” e atribuiu o crime ao “ódio crescente contra conservadores” nos EUA.

O que é a Turning Point USA, a organização fundada por Charlie Kirk?

A Turning Point USA (TPUSA) é uma organização sem fins lucrativos fundada em 2012 por Charlie Kirk nos Estados Unidos. Segundo informações oficiais da instituição, sua missão é identificar, educar, treinar e organizar estudantes em escolas e universidades, promovendo princípios como responsabilidade fiscal, governo limitado e liberdade individual. A entidade se apresenta como voltada à formação de jovens líderes e à promoção do engajamento cívico.

Com sede no Arizona, a TPUSA afirma contar com milhares de capítulos estudantis espalhados por diferentes estados americanos. Sua atuação inclui palestras, conferências, materiais educativos e eventos anuais, como o America Fest, que reúne estudantes, convidados e palestrantes. 

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Leia o discurso na íntegra

Boa noite.
Meu nome é Erica Kirk. Charlie Kirk era meu marido. Primeiro, quero agradecer às forças policiais locais, estaduais e federais que trabalharam incansavelmente para capturar o assassino do meu marido, para que ele possa ser levado à justiça. Quero agradecer aos primeiros socorristas que lutaram heroicamente para salvar a vida de Charles e à polícia que agiu corajosamente para garantir que não houvesse outras vítimas naquela tarde terrível. Quero agradecer aos oficiais que protegeram nossa família do Turning Point USA nos últimos dois dias.

E quero agradecer ao conselho do Turning Point USA, ao COO, Justin Strife, e ao chefe de gabinete do meu marido, o incrível Mikey McCoy, por todo o trabalho deles nesses dias terríveis. Eles têm sido fundamentais para a estabilidade da nossa família e para a família mais ampla, que é a da Turning Point USA. 

Meu coração está com cada um dos funcionários do meu marido que perdeu um amigo e mentor. 

Quero agradecer à equipe do incrível programa Charlie Kirk, que o ajudava a transmitir deste estúdio, desta cadeira, todos os dias. Ele amava aquilo. Ele amava o que fazia.

Quero agradecer aos milhões de pessoas que demonstraram seu amor por Charlie aqui em Phoenix, em toda a América e no mundo. Quero agradecer ao querido amigo do meu marido, o vice-presidente Vance, e sua fenomenal esposa, Usha, por seu amor e apoio. Vocês honraram meu marido tão bem ao trazê-lo para casa. Vocês dois são incríveis. Quero agradecer ao presidente Trump e sua incrível família pelo mesmo. 

Senhor presidente, meu marido o amava. E ele sabia que você também o amava. Ele sabia.  A amizade de vocês era incrível. Você o apoiou tanto, assim como ele fez por você.

Dois dias atrás, meu marido Charlie foi ver o rosto de seu Salvador e seu Deus. Charlie sempre dizia que, quando partisse, queria ser lembrado por sua coragem e sua fé. E uma das últimas conversas que ele teve nesta terra, meu marido testemunhou por seu Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Agora e por toda a eternidade, ele estará ao lado de seu Salvador, usando a gloriosa coroa de um mártir.

Charlie amava a vida. Ele amava sua vida. Ele amava a América. Ele amava a natureza, que sempre o aproximava de Deus. Ele amava os Chicago Cubs. E meu Deus, como ele amava os Oregon Ducks. 

Mas, acima de tudo, Charlie amava seus filhos e me amava com todo o seu coração. E eu sabia disso todos os dias. Ele fazia questão de que eu soubesse disso todos os dias. Todos os dias ele me perguntava: “Como posso te servir melhor? Como posso ser um melhor marido? Como posso ser um melhor pai?” Todos os dias. Todos os dias. Que homem bom. Ele ainda é um homem bom. Ele era o pai perfeito. Ele era o marido perfeito.

Charlie sempre acreditou que o design de Deus para o casamento e a família era absolutamente incrível. E é. E era a maior alegria de sua vida. E ele dizia repetidamente a todos esses jovens para encontrarem seu futuro cônjuge, se tornarem esposas e maridos, pais e mães. E a razão disso era porque ele queria que todos experimentassem o que ele tinha e ainda tem. Ele queria que todos trouxessem o céu para esta terra através do amor e da alegria que vem de criar uma família. É lindo.

Charlie sempre dizia que, se algum dia concorresse a um cargo público, sei que muitos de vocês perguntaram se ele faria isso, mas em particular ele me disse que, se o fizesse, sua principal prioridade seria contribuir para o resgate da família americana. Essa era sua prioridade.

Um dos versículos bíblicos favoritos de Charlie era Efésios 5:25: “Maridos, amem suas esposas, assim como Cristo amou a igreja e se entregou por ela.” Meu marido deu sua vida por mim, por nossa nação, por nossos filhos. Ele mostrou o amor verdadeiro e supremo de um pacto.

Nunca terei palavras para descrever a perda que sinto em meu coração. Honestamente, não tenho ideia do que tudo isso significa. Sei que Deus sabe, mas eu não. Mas Charlie, meu amor, sei que você também sabe. Sei que você sabe. Assim como nosso Senhor.

E nosso mundo está cheio de maldade. Mas nosso Deus é tão bom. Tão incrivelmente bom. E sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que são chamados segundo o seu propósito.

Já vi o derramamento mundial de amor pelo meu marido. Ouvi os testemunhos de pessoas que meu marido inspirou a se casar, a formar famílias, a buscar um relacionamento com Deus. Esse é o mais importante de todos.

Os malfeitores responsáveis pelo assassinato do meu marido não têm ideia do que fizeram. Eles mataram Charlie porque ele pregava uma mensagem de patriotismo, fé e do amor misericordioso de Deus. Mas todos eles deveriam saber disso: se vocês achavam que a missão do meu marido era poderosa antes, vocês não têm ideia.

Não têm ideia do que acabaram de desencadear por todo este país. Neste mundo, vocês não têm ideia. Não têm ideia do fogo que acenderam dentro desta esposa. Os gritos desta viúva ecoarão pelo mundo como um grito de guerra.

Para todos que estão ouvindo esta noite em toda a América, o movimento que meu marido construiu não morrerá. Não vai. Eu me recuso a deixar isso acontecer. Não morrerá. Todos nós nos recusaremos a deixar isso acontecer.

Ninguém jamais esquecerá o nome do meu marido. E eu farei questão disso. Ele se tornará mais forte, mais ousado, mais alto e maior do que nunca. A missão do meu marido não terminará, nem por um momento.

Um dos maiores talentos de Charlie era sua habilidade fenomenal de escolher grandes pessoas para segui-lo. Ele sempre conseguia encontrar aqueles que podiam lidar com qualquer contratempo. E era quase como se ele soubesse.

Ele apenas via isso em vocês. Mesmo quando vocês não viam em si mesmos, ele sabia. Ele sabia que vocês podiam lidar com isso. Vocês achavam que tinham apenas 5% sobrando, e ele sabia que vocês tinham 15. Ele sabia que vocês estavam prontos para ir além, mesmo quando não sabiam.

Ele sempre desafiava as pessoas ao seu redor a trabalharem mais e serem melhores. Ele nunca desistia. E eu amo saber que um de seus lemas era “nunca se render”. Então, quero dizer a vocês que nunca nos renderemos. Nunca. Nunca.

Nossa turnê pelos campi neste outono continuará. Haverá ainda mais turnês nos anos vindouros. O America Fest aqui em Phoenix, em dezembro, seguirá em frente. Será maior do que nunca. O programa de rádio e podcast do qual ele tanto se orgulhava continuará.

E em um mundo cheio de caos, dúvida e incerteza, a voz do meu marido permanecerá, e ecoará mais alta e clara do que nunca, e sua sabedoria perdurará.

Minha palavra favorita, mas também a favorita do meu marido na língua inglesa, era “conquistar”. Ele chamaria todos vocês a serem pessoas de ação que conquistam o futuro que a América merece.

Então, para todos os jovens que se sentiram inspirados pela fé do meu marido no trabalho árduo, vocês já sabem o que Charlie gostaria que fizessem. Vocês sabem, se estão no ensino médio ou na faculdade, procurem o capítulo local do Turning Point USA.

Juntem-se a ele. Permaneçam envolvidos. Ele quer que vocês façam a diferença. E vocês podem. Vocês podem. O movimento não vai a lugar nenhum. E ele só ficará mais forte quando vocês se juntarem a ele. Se não houver um capítulo, se não conseguirem encontrar um, então criem um. Não há desculpas. Vocês podem criar um.

E como meu marido costumava dizer nesta sala todos os dias, se vocês quiserem se envolver, a melhor maneira de fazer isso é acessando tpusa.com. Isso é o que ele dizia todos os dias desta cadeira. Todos os dias, eu assistia ao programa dele.

E ele sempre dizia: “Se vocês quiserem se envolver, acessem tpusa.com.” Se você é pastor, junte-se ao nosso movimento em TPUSA Faith. E se você é pai ou mãe, recomendo fortemente que venha ao America Fest em dezembro. Inscreva-se agora mesmo, porque adoraríamos ver vocês.

Eu adoraria ver vocês. Charlie estará lá. Ele estará lá em espírito. Traga seus filhos. Traga sua família.

Mas, acima de tudo, se você não é membro de uma igreja, imploro que se junte a uma, uma igreja que acredita na Bíblia. Nossa batalha não é apenas política. Acima de tudo, é espiritual. A guerra espiritual é palpável.

Charlie amava seu Salvador com todo o seu coração, e ele queria que cada um de vocês o conhecesse também. Ele queria que todos soubessem que, se confessarem ao Senhor Jesus Cristo, que ressuscitou dos mortos, então serão salvos.

Ouçam-me quando digo isso: ninguém é jovem demais para conhecer o evangelho. Ninguém. Ninguém é jovem demais para se envolver em salvar este lindo país, este país que meu marido amava e ainda ama, e ninguém é velho demais também. Não há limite de idade.

Sei que meu marido ainda está aqui. Ele está cuidando de nós. Não me lembro da última vez que dormi, e não consegui dormir na noite passada. E Charlie, meu amor, prometo que nunca deixarei seu legado morrer, meu amor. Não deixarei.

Prometo que farei do Turning Point USA a maior coisa que esta nação já viu. Prometo. Charlie, eu te amo. Te amo, meu amor. Descanse nos braços de nosso Senhor enquanto Ele te cobre com as palavras que sei que seu coração sempre almejou ouvir: “Muito bem, meu servo bom e fiel.”

Quando cheguei em casa ontem à noite, Gigi, nossa filha, correu para meus braços. E eu conversei com ela e ela disse: “Mamãe, senti sua falta.” Eu disse: “Também senti sua falta, meu amor.” Ela perguntou: “Cadê o papai?” O que você diz a uma criança de três anos? Ela tem três anos.

Eu disse: “Meu amor, o papai te ama muito. Não se preocupe. Ele está em uma viagem de trabalho com Jesus, para que possa pagar seu orçamento de mirtilos.”