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Quem foi João Paulo II? O papa que venceu o comunismo

Em 1978, após a morte de Paulo VI e o breve pontificado de João Paulo I, Karol Wojtyła foi eleito Papa, o primeiro não italiano em mais de quatro séculos.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
23/7/2025 18:53
João Paulo II: biografia, onde nasceu e quando morreu.

No dia 13 de maio de 1981, uma multidão lotava a Praça de São Pedro. O Papa João Paulo II atravessava a praça em seu papamóvel quando foi baleado. Sangue. Gritos. Correria. E uma imagem que entraria para a história: o Papa caído.

Para ele, não havia dúvida: sobreviveu graças à intercessão de Nossa Senhora de Fátima. Aquela bala, anos depois, seria depositada na coroa da imagem de Maria em Portugal. 

O atentado não foi apenas um episódio trágico, foi o ponto culminante de uma vida inteira marcada pela resistência contra dois dos regimes mais brutais da história: o nazismo e o comunismo. Neste artigo, descubra quem foi João Paulo II.

O que você vai encontrar neste artigo?

Nasce Karol, o futuro Papa João Paulo II

Karol Józef Wojtyła nasceu em 18 de maio de 1920, em Wadowice, uma pequena cidade ao sul da Polônia. Desde cedo, enfrentou perdas marcantes: sua mãe faleceu quando ele tinha apenas 9 anos; o irmão, pouco depois; e o pai, aos 21 anos. Ainda jovem, conheceu o sofrimento profundo, algo que marcaria para sempre sua sensibilidade humana e espiritual.

Em meio à dor, encontrou consolo na fé. Desenvolveu uma forte devoção a Nossa Senhora, devoção que o acompanharia até o fim da vida e que se tornaria um dos pilares de seu ministério.

Polônia é dominar por nazistas e comunistas

A Polônia vivia anos turbulentos. Ainda nos anos 1920, resistira à expansão soviética na chamada Batalha de Varsóvia. Mas, em 1939, veio o golpe devastador: o país foi invadido simultaneamente por Hitler e Stálin, resultado do pacto Molotov-Ribbentrop. 

O território foi dividido. Os nazistas tomaram o oeste; os comunistas, o leste. Sob o domínio alemão, as universidades foram fechadas, padres perseguidos e a identidade católica, reprimida.

Karol cursava Letras na Universidade Jaguelônica, mas teve que abandonar os estudos quando os alemães fecharam a instituição. Trabalhou em uma pedreira para sobreviver. Foi ali que amadureceu a vocação sacerdotal. 

Entrou para um seminário clandestino, protegido pelo arcebispo Adam Sapieha, figura decisiva na sua formação. Outro grande exemplo foi São Maximiliano Kolbe, o franciscano que ofereceu a própria vida no lugar de um pai de família no campo de concentração de Auschwitz.

Fim da Segunda Guerra Mundial

Depois da guerra, a Polônia caiu sob o domínio soviético. A liberdade era vigiada e a Igreja pressionada. Karol foi ordenado padre em 1946 e enviado a Roma para aprofundar os estudos. 

Ao retornar à Polônia, atuou como professor, capelão universitário e bispo auxiliar de Cracóvia. Seu modo de evangelizar chamava atenção: organizava passeios, caminhadas e atividades culturais com os jovens. Criava vínculos, formava consciências.

Em 1964, tornou-se arcebispo de Cracóvia. Durante o regime comunista, liderou a construção de uma igreja em Nowa Huta, cidade-modelo do socialismo, projetada sem uma única capela. 

A missa de Natal celebrada ali, mesmo com proibição oficial, foi um marco de resistência. Karol não se colocava como um militante político, mas sua atuação deixava claro que a fé cristã e o comunismo eram incompatíveis em seus fundamentos.

Tinha ao seu lado um grande mentor: o cardeal Stefan Wyszyński, primaz da Polônia, que enfrentou o regime com firmeza e foi preso por isso. 

No início, Wyszyński considerava Karol idealista demais, mas com o tempo reconheceu sua liderança espiritual e intelectual. 

João Paulo II se torna Papa

Em 1978, após a morte de Paulo VI e o breve pontificado de João Paulo I, Karol Wojtyła foi eleito Papa, o primeiro não italiano em mais de quatro séculos. 

Assumiu o nome João Paulo II. Sua eleição foi recebida com euforia na Polônia. A partir dali, o mundo conheceria um pontífice carismático, firme na doutrina e incansável em sua missão.

No primeiro discurso, declarou: “Não tenhais medo. Abri as portas a Cristo”

Poucos meses depois, voltou à Polônia. Diante de milhões de fiéis, fez uma oração que ecoaria como um grito: “Que o vosso Espírito desça e renove a face da Terra… desta Terra!”

Aquela visita reacendeu a esperança do povo polonês e inspirou a criação do movimento Solidariedade, que se tornaria a principal força de oposição ao regime comunista.

A tentativa de assassinato contra João Paulo II

O atentado contra João Paulo II aconteceu em 13 de maio de 1981, na Praça de São Pedro, no Vaticano. Era uma tarde comum de audiência pública. O Papa estava de pé no papamóvel, acenando para a multidão, quando dois tiros foram disparados à queima-roupa por Mehmet Ali Agca, um extremista turco, membro do grupo radical Lobos Cinzentos.

Os tiros atingiram João Paulo II no abdômen, na mão e no braço. Ele caiu nos braços de seu secretário, Dom Stanisław Dziwisz, perdendo muito sangue. O caos tomou conta da praça. O atirador foi imediatamente contido por fiéis e seguranças.

O secretário do Papa é um dos entrevistados do novo documentário da Brasil Paralelo, “O Papa que venceu o comunismo”, ao clicar aqui, você se cadastra de graça para o evento de lançamento.

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